Greve completa o 11º dia sem nenhuma nova proposta dos bancos

07/10/2011 - Por Bancários CGR

altA greve dos bancários completou nesta sexta-feira, 7, onze dias de mobilização, mas até agora não há qualquer contato dos bancos para retomar as negociações com os sindicatos.

Em nota enviada à imprensa, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) afirma que mantém a disposição para o diálogo, mas ressalta: “Para que isso ocorra é necessária uma sinalização mais concreta das lideranças sindicais de que uma eventual nova proposta não será rechaçada”.

De acordo com o presidente do Sindicato, Rostand Lucena, é vergonhoso que a Fenaban tente vencer a categoria pelo cansaço, uma vez que a população é quem sofre os impactos da intransigência dos banqueiros.

“A proposta que a Fenaban apresentou no dia 26 de setembro representa apenas 0,56% de aumento real, não avança no emprego e nas condições de saúde, trabalho e segurança e não melhora o atendimento aos clientes. Por isso os bancários foram forçados a parar. Estamos apenas buscando uma proposta à altura do que merece a categoria”, ressaltou o presidente.

O Comando Nacional dos Bancários já cobrou oficialmente a retomada do diálogo na terça-feira passada, dia 4, mas até agora não houve nenhuma resposta da Fenaban. “Não há disposição dos bancos para negociar, como foi anunciado à imprensa. Queremos que a Fenaban saia da defensiva e se posicione, afinal, essa já é a maior greve dos últimos 20 anos”, destacou Rostand.


Panorama da greve – A paralisação já atinge 100% das agências bancárias da cidade e no interior a adesão é de 89%. No Brasil, a categoria fechou 8.556 agências nesta quarta em todos os 26 estados e no Distrito Federal, superando o pico da greve de 2010, quando os trabalhadores pararam 8.278 unidades em todo país.

Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitarem a proposta de reajuste de 8% feita pela Fenaban na quinta rodada de negociações, que significa apenas 0,56% de aumento real.

Os trabalhadores reivindicam reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais inflação do período), valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, extinção da rotatividade, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades, melhoria do atendimento dos clientes e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.

Fonte: Seeb-CGR

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