Greve dos bancários completa dez dias sem negociação
06/10/2011 - Por Bancários CGR
Bancários continuam forte mobilização nacional até que bancos retomem negociações e apresentem proposta decente. Setor que mais lucra no país só não paga aumento real maior porque não quer
A greve dos bancários completou dez dias nesta quinta-feira, 6 de outubro, e já é considerada a mais fortes dos últimos vinte anos. Em Campina Grande a paralisação atinge 100% das agências bancárias da cidade e no interior a adesão é de 86%.
No Brasil, a categoria fechou 8.556 agências nesta quarta em todos os 26 estados e no Distrito Federal, superando o pico da greve de 2010, quando os trabalhadores pararam 8.278 unidades em todo país.
Para o presidente do Sindicato, Rostand Lucena, a greve deste ano já entrou para a história como uma das mais fortes paralisações realizadas pelos bancários.
E a cada dia a nossa greve aumenta, principalmente por conta do silêncio dos bancos, que não deram nenhum sinal de que as negociações serão retomadas. A categoria está unida, mobilizada e não irá se submeter a pressões ou ameaças", disse o presidente.
De acordo com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, a força da greve é fruto da insatisfação cada vez maior dos bancários com o silêncio da Fenaban, que se mantém intransigente e não retoma o processo de negociações. Que os bancos não se enganem: a greve continuará crescendo ainda mais se eles teimarem em não dialogar e fazer uma proposta decente, que atenda as justas reivindicações dos bancários, avaliou.
A orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, e do Sindicato é para que a categoria resista e busque ampliar ainda mais o movimento, forçando a Fenaban, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste do Brasil e demais bancos a retomarem as negociações e apresentarem uma proposta salarial que atenda as expectativas dos trabalhadores.
Fonte: Seeb-CGR