Greve dos Bancários completa sete dias e segue forte em todo o país
03/10/2011 - Por Bancários CGR
Os funcionários de bancos públicos e privados completaram nesta segunda-feira, dia 3, uma semana de greve nacional cobrando proposta decente da federação dos bancos (Fenaban) e das direções do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do BNB.
Os bancários reivindicam 5% de aumento real mais a inflação do período, valorização do piso, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações, fim da rotatividade, entre outras melhorias.
Em Campina Grande, todas as agências bancárias permaneceram fechadas, e no interior a adesão é crescente. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Campina Grande e Região (Seeb-CGR), Rostand Lucena, a força da greve nacional mostra a enorme insatisfação dos bancários diante da intransigência da Federação dos Bancos (Fenaban).
A proposta da Fenaban representa apenas 0,56% de aumento real, não avança no emprego e nas condições de saúde, trabalho e segurança e não melhora o atendimento aos clientes. Por isso os bancários foram forçados a parar. Estamos apenas buscando uma proposta à altura do que merece a categoria, explicou Rostand.
Até a última sexta-feira, dia 30, quarto dia de greve, foram paralisadas 7.865 agências e centros administrativos, segundo balanço feito pela Contraf-CUT, a partir dos dados enviados pelos sindicatos de todo país.
Apesar da grande mobilização, os bancários estão fazendo o possível para que a população não seja tão prejudicada. Exemplo disso é o funcionamento dos caixas eletrônicos em todas as agências, já que a greve não tem previsão para acabar.
Os clientes merecem atendimento de qualidade, e isso faz parte da nossa luta. Reivindicamos mais contratações e condições de trabalho para melhorar também a qualidade do atendimento. Além disso, a população deve cobrar dos bancos a isenção de pagamento de taxas e juros em caso de atraso no pagamento de contas, lembrou o presidente do Seeb-CGR.
Avaliação do Movimento O Comando Nacional dos Bancários se reúne nesta segunda-feira às 15 horas, em São Paulo, para avaliar e ampliar a greve nesta semana, diante do silêncio da Fenaban em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente para a categoria. A reunião será realizada na sede da Contraf-CUT.
Fonte: Seeb-CGR