Greve dos bancários paralisa atendimento na internet do Itaú Unibanco
07/10/2011 - Por Bancários CGR
A greve nacional dos bancários chegou à internet. O sistema de pagamentos do Internet 30 Horas do Itaú Unibanco sofreu interrupções entre o fim da tarde de quarta-feira (5) e o início da tarde de quinta-feira (6). Segundo o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, o problema foi provocado pela paralisação de setores estratégicos nos centros técnico e operacional e administrativo do banco em São Paulo.
O Itaú Unibanco afirmou, por meio de sua assessoria, que não há relação entre o problema e a greve. O banco não informou a causa da instabilidade ocorrida no sistema.
Segundo alguns clientes, transações efetuadas no dia anterior não apareciam no extrato, enquanto destinatários de transferências feitas não recebiam os valores.
"É reflexo das atividades de anteontem [terça-feira], quando fechamos o centro técnico e operacional do banco [em São Paulo] e o Centro Administrativo Unibanco, na Rodovia Raposo Tavares", diz o sindicalista. "Esse pessoal não trabalhou e acabou provocando esse prejuízo para o banco", explicou.
A tecnologia fez mudar a estratégia de categorias como os bancários. Hoje, 90% das transações são feitos por meio eletrônico. "Temos consciência de quanto o setor é automatizado, mas também sabemos que há outros setores sensíveis, como mesa de câmbio e teleatendimento", afirmou Cordeiro.
A greve, que chega hoje ao 11.º dia, cresceu e atingiu 8.758 agências e vários centros administrativos em todos os 26 estados e no Distrito Federal, segundo levantamento da Contraf-CUT.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) condicionou o retorno do diálogo à apresentação de uma contraproposta dos trabalhadores. "Quem tem de apresentar proposta são eles [os bancos]", rebateu Cordeiro.
Para o sindicalista, os bancos querem que a categoria "fique rebaixando nossa proposta", de 5% de aumento real nos salários. "Isso a categoria já disse que é inviável", frisou o sindicalista.
Os bancários entraram em greve no dia 27 de setembro, depois de rejeitar a proposta de reajuste salarial de 8% (0,56% de aumento real) feita pela Fenaban. Além do aumento de 12,8%, os bancários querem valorização do piso salarial, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e mais contratações, entre outras reivindicações.
Fonte: Contraf-CUT com Gazeta do Povo Online