Greve mantém força nesta terça
04/10/2011 - Por Bancários CGR
Os bancários completaram nesta terça-feira, 4, oito dias de paralisação com toda a força em Campina Grande. A greve manteve o mesmo nível da segunda-feira, com todas as agências bancárias da cidade fechadas e adesão crescente nas cidades do interior com mais de 75% das agências bancárias paradas.
Duas decisões judiciais reforçam o direito de greve - O Sindicato obteve duas decisões favoráveis contra as tentativas dos banqueiros de barrar o legítimo direito de greve. Dois pedidos de interdito proibitório foram negados pela Justiça. Um para o Bradesco, no dia 29 de setembro, e outro hoje, para o Itaú.
Todos os anos, os bancos utilizam esta mesma estratégia do interdito proibitório para diminuir o alcance do movimento. Trata-se de um instrumento do Código de Processo Civil, cujo objetivo é repelir algum tipo de ameaça à posse. No entanto, nem todos os juízes continuam dispostos a aceitar as argumentações dos banqueiros.
Sem nenhum sinal dos bancos para a retomada das negociações, a greve dos bancários deve ser ampliada nos próximos dias. Para o presidente do Sindicato, Rostand Lucena, a greve dos bancários já é uma das mais fortes das últimas décadas.
O número de agências paradas é surpreendente. Em todo o país a adesão é crescente e já atingiu, nesta segunda-feira, 7.950 agências paralisadas, lembrou Rostand.
Silêncio dos bancos A greve dos bancários entra no nono dia nesta quarta-feira, dia 5, e até agora os bancos não entraram em contato com o Comando Nacional para retomar as negociações.
Entre as principais reivindicações dos bancários estão o reajuste salarial de 12,8% (aumento real de 5%), PLR de três salários mais R$ 4.500, piso de R$ 2.297,51, plano de cargos e salários para todos, mais contratações e fim da rotatividade.
Até agora, foram realizadas sete reuniões de negociação com os bancos, que ofereceram aos bancários 8% de reajuste, o que representa um aumento real de apenas 0,56%. As instituições financeiras também ofereceram o mesmo índice para corrigir o piso, os vales refeição e alimentação, auxílio-creche e a parte fixa da PLR e do adicional. Com isso, todas as demandas dos bancários foram ignoradas pelos bancos.
Fonte: Seeb-CGR