GT Saúde Caixa volta a se reunir nesta terça-feira, 17
16/12/2024
Representação dos empregados apresentará proposta de composição e funcionamento dos comitês de credenciamento e descredenciamento, como uma das medidas para ampliar a rede e melhorar a qualidade do plano
O Grupo de Trabalho criado para debater sobre o Saúde Caixa, composto por representantes do banco e das empregadas e empregados, vai se reunir nesta terça-feira (17), a partir das 14h, para dar continuidade às conversações sobre o plano de saúde dos trabalhadores do banco. A representação dos empregados vai apresentar uma proposta de composição e funcionamento dos comitês de credenciamento e descredenciamento, como uma das medidas a serem adotadas para ampliar a rede e melhorar a qualidade do plano.
“No dia a dia, recebemos constantes reclamações sobre a precariedade da rede de atendimento, principalmente em cidades do interior e até em algumas capitais de estados. E entendemos que a centralização dos credenciamentos e descredenciamentos de hospitais, clínicas e profissionais de saúde na matriz não contribui para a expansão da rede e dificulta o relacionamento com os credenciados”, disse o coordenador da representação das empregadas e empregados no GT, Leonardo Quadros. “Defendemos a criação de comitês locais em cada uma das gerências e representações regionais de Pessoas da Caixa (Gipes e Repes), com atribuições não apenas de ouvir reclamações e orientar o contato com o setor responsável na matriz, mas também de credenciar e descredenciar hospitais, clínicas e profissionais de saúde, além de resolver problemas como as glosas de valores que acabam levando a descredenciamentos”, continuou.
Gente da gente
A representação dos trabalhadores também defende que os empregados que compuserem estes comitês não sejam apenas da Gerência de Saúde e Assistência Social (Gesad), e sim que sejam da própria região. “Precisam conhecer a realidade local. É como se eu dissesse que devem ‘sentir na pele’ os problemas da precariedade da rede e ouvir as reclamações locais para saber o que é preciso fazer para dar a solução”, explicou o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de Castro. “Essa foi a promessa da Caixa durante as reuniões de negociação na Campanha Nacional deste ano”, ressaltou.
Rafael lembrou também que os comitês regionais já existiram desta forma, mas que a partir de 2021 houve a centralização. “Existiam problemas no plano, mas as soluções eram mais ágeis com os comitês regionais. Estas estruturas precisam ser retomadas”, defendeu.
Outra proposta da representação dos empregados é para que volte a haver a possibilidade de indicação de profissionais pelos usuários dos planos e pelas entidades de representação dos empregados. “São indicações para que o banco analise a possibilidade de incluí-las ou não. E, lembrando, essa ampliação da rede não traz prejuízo para o plano, uma vez que os pagamentos são efetuados apenas em caso de atendimento realizado. E os próprios empregados podem ajudar na avaliação da rede”, explicou Leonardo.
Pesquisas de satisfação
“Por isso, é importante que, constantemente, sejam feitas pesquisas de satisfação com os usuários e que haja canais para avaliação dos profissionais, clínicas e hospitais a cada atendimento”, disse o coordenador da representação dos empregados no GT. “E os resultados das pesquisas e os dados estatísticos destas avaliações precisam ser compartilhados com o Conselho de Usuários e com as entidades de representação dos empregados”, completou.
PCMSO e gestão
A representação das empregadas e empregados também defende a melhoria do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), de forma que o programa não se limite ao exame periódico de saúde ocupacional, mas possibilite a detecção das condições e riscos à saúde no ambiente de trabalho, para que seja possível agir preventivamente contra o adoecimento e o absenteísmo.
“Isso ajudaria, inclusive, com a redução dos custos assistenciais do Saúde Caixa, uma vez que pode-se reduzir os adoecimentos e permitir a melhor gestão do plano, a prevenção e o acompanhamento de doença crônicas, como por exemplo câncer, doenças autoimunes, diabetes, hipertensão, espectro autista e muitas outras, com a orientação em centros especializados, onde poderemos acompanhar a eficácia e a efetividade dos tratamentos, assim como o controle dos custos”, explicou o médico especialista em saúde ocupacional e gestão de saúde, Albucacis de Castro Pereira, que presta consultoria para a Contraf-CUT.
Acompanhe o site e as redes sociais da Contraf-CUT e das federações e sindicatos a ela associados para mais informações sobre as tratativas com a Caixa.
Fonte: Contraf-CUT