Sindicato critica falta de organização do banco, uma vez que outras instituições financeiras estão colocando o programa em prática em janeiro

Os bancários que ganham até cinco salários mínimos, ou R$ 3.620, devem receber a partir deste mês o vale-cultura no valor de R$ 50. No entanto, os trabalhadores do HSBC só verão a cor do dinheiro destinado para a aquisição de bens culturais, como livros, discos, ingressos para shows, entre outros produtos, em março.

Em contato com o Sindicato, o banco alegou que não teve tempo suficiente para adaptar o sistema e que pagará o valor retroativo aos meses anteriores somente em março. “A medida foi conquistada ainda em 2013, na Campanha Nacional Unificada. A instituição financeira teve três meses e condições de agilizar e cumprir o acordo em tempo hábil, sem frustrar as expectativas dos bancários. Se outros bancos conseguiram, o HSBC também deveria cumprir”, ressalta o dirigente sindical da Fetec-CUT/SP Luciano Ramos.

Em contato com o banco, o Sindicato solicitou que fosse feito o pagamento em dinheiro, uma vez que os cartões não foram emitidos. “Eles negaram o pagamento dessa forma”, explica Luciano. “A direção do HSBC mais uma vez desrespeita os trabalhadores. Vamos acompanhar para que a instituição financeira cumpra o prometido e entregue em março os cartões magnéticos com os créditos aos trabalhadores”, ressalta o dirigente sindical.

Vale lembrar que o valor é cumulativo, ou seja, o empregado poderá adquirir algum produto cultural que ultrapasse os R$ 50, já que poderá utilizar o crédito de vários meses.

Os bancários são a primeira categoria a ter previsto na Convenção Coletiva de Trabalho (CTT) o projeto regulamentado pelo governo da presidenta Dilma Rousseff (Lei 12.761/2012). O vale-cultura é válido em todo o território nacional.


Fonte: Seeb-SP Gisele Coutinho