HSBC fecha agências e demite em todo o país
19/03/2009 - Por Bancários CGR
Contrariando afirmação feita por seus representantes em reunião recente com o movimento sindical, o banco HSBC está fechando dezenas de agências em todo o país. Somente em São Paulo foram 17 agências fechadas na semana passada. Também foram extintas unidades em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná e outros estados, com mais de duzentos bancários perdendo seus empregos - inclusive trabalhadores lesionados e em estabilidade pré-aposentadoria.
A atitude do HSBC é um desrespeito aos trabalhadores brasileiros, que deram ao banco lucro recorde no Brasil no ano passado e ajudaram a aliviar os prejuízos da matriz na Inglaterra, diz Sérgio Siqueira, diretor da Contraf/CUT e funcionário do banco.
*Abaixo a relação do fechamento de agências em todo país e número de demitidos:
Niterói: 3 agências, 15 demissões
São Paulo: 17 agências, 82 demissões
Ceará: 1 agência, 8 demissões
Baixada Fluminense: 5 agências, 35 demissões
Porto Alegre: 3 agências, 12 demissões
Pernambuco: 1 agência, 7 demissões
Carlópolis ( PR): 1 agência, 2 demissões
Mato Grosso: 2 agências, nenhuma demissão
Rio de Janeiro: 4 agências, 15 demissões
Seropédia (RJ): 1 agência, 1 demissão
*dados atualizados às 15h. Há ainda várias outras demissões ocorrendo pelo país em que não houve o fechamento de agências.
HSBC - Basta de demissões, explorações e falta de respeito!
A situação dos funcionários do HSBC já é péssima do ponto de vista das condições de trabalho e o principal motivo é a falta de trabalhadores. O banco está fechando agências e demitindo, mas não vai diminuir o número de clientes. A sobrecarga e o estresse dos bancários só vai aumentar, afirma Sérgio.
A truculência do banco inglês no tratamento de seus funcionários já havia sido demonstrada recentemente, com a decisão unilateral de descontar da PLR os programas próprios de remuneração atrelados ao cumprimento de metas. Bancários que haviam se matado de trabalhar o ano todo descobriram ao receber a PLR que o esforço havia sido em vão. Muito não receberam nada de PPR, afirma Sérgio. Enquanto isso, diretores do banco e regionais receberam alguns milhões de participação nos lucros.
Fonte: Contraf/CUT