HSBC propõe mudanças nos planos de bônus dos executivos
24/03/2011 - Por Bancários CGR
O HSBC está sondando seus acionistas sobre uma proposta de mudança nos  planos de remuneração de seus executivos, pela qual seus principais  banqueiros não poderão vender suas ações até a aposentadoria. 
 
 Conduzidos por John Thornton, presidente do comitê de remuneração do  banco e ex-executivo do Goldman Sachs, os planos, da maneira como estão,  preveem a avaliação da cúpula por uma faixa mais ampla de indicadores  de desempenho, com ênfase no longo prazo.
 
 As mudanças, que também incluem um corte nos valores máximos  distribuídos, envolveriam um potencial teto na remuneração do  executivo-chefe Stuart Gulliver de 12,5 milhões de libras (US$ 20,5  milhões), em comparação aos atuais 15 milhões de libras.
 
 Os mesmos princípios se aplicariam a outros executivos da cúpula, embora  ainda não esteja claro quantos estarão sujeitos aos planos. 
 
 Comparado à atual estrutura, que permite aos principais banqueiros  ganhos potenciais de quatro vezes os seus salários com bonificações  anuais, mais até sete vezes os salários por meio de um plano de  incentivo de longo prazo, o novo esquema reduziria esses múltiplos para  três e seis vezes.
 
 O HSBC disse que a consulta junto aos maiores acionistas está em  andamento e estará sujeita à aprovação dos investidores na assembleia  anual de acionistas do banco, marcada para maio.
 
 Thornton pretende ampliar o período de avaliação do desempenho de três  anos para cinco anos, como acontece na maioria das empresas do Reino  Unido. A proposta de não permitir a venda de ações até a aposentadoria  dos banqueiros é uma versão de um esquema parecido implementado há sete  anos no Goldman Sachs.
 
 Alguns investidores vêm se queixando que os critérios pelos quais o desempenho será julgado não estão suficientemente claros. 
 
 Entretanto, iniciativas para ampliar a faixa de metas para além do  retorno para os acionistas e as medidas de lucro foram bem-recebidos  pelos investidores.
 
 Hoje, o retorno para os acionistas é a principal medida usada para  avaliar a remuneração, o que vem sendo muito criticado por encorajar o  executivos a se concentrarem no desempenho de curto prazo das ações,  falhando em alinhar seus interesses com os acionistas de longo prazo. Um  acionista menor do banco disse que os principais acionistas são contra a  iniciativa do "desempenho sob concessão" e poderão votar contra a  proposta inteira.
Fonte: Contraf/CUT com Financial Times

