Idec critica bancos sobre planos econômicos
13/03/2014 - Por Bancários CGR
Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor questiona instituições financeiras no julgamento das perdas da poupança no Supremo Tribunal Federal
São Paulo Diante da proposta apresentada pelos bancos, de acordo no julgamento das perdas da poupança dos planos econômicos junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) se manifestou na defesa dos poupadores.
Para a instituição, as tentativas feitas pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) são manobras com argumentações diversas que fogem ao tema central da ação, evidenciando o caráter protelatório na condução da questão e o desrespeito ao Judiciário brasileiro.
As críticas são contra os memoriais enviados pelos bancos ao STF que pedem que só seja concedido o pagamento aos poupadores que sacaram depois de cada plano econômico.
Entenda As perdas são diferenças de índices implantados nos planos Bresser, Verão, Collor I e Collor II.
No Plano Verão, por exemplo, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) foi substituído em janeiro de 1989 pelas Letras do Banco Central (LBC), acarretando prejuízos aos poupadores. Mas, quatro meses após, o IPC foi retomado.
Nesse caso, os bancos querem que só quem sacou da poupança reajustada pelas LBC tenha direito a receber.
Para o Idec, trata-se de uma manobra que desrespeita a própria Justiça.
Poder econômico O instituto também critica pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) e pelo Banco Central (BC) para que os cálculos dos valores sejam refeitos em audiência pública. Segundo o Idec, a solicitação bem demonstra a força do lobby dos bancos neste país.
Para calcular o valor da causa, o Ministério Público Federal considerou que os bancos lucraram R$ 441 bilhões na época dos planos e o BC quer fazer crer que foram menos de R$ 5 bilhões.
O relator da ação, Ricardo Lewandowski, disse não poder comentar processo em tramitação.
Na quarta 12 foi novamente adiado julgamento no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) sobre a forma de cálculo, caso os poupadores tenham vitória.
No STF, o debate foi também protelado em fevereiro, por tempo indeterminado.
Seeb- SP, com informações do Valor