O governo até tentou enganar os brasileiros. Segurou os preços dos combustíveis para conter a inflação, mas mesmo assim, diante da trágica política econômica, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) cresceu 0,16% neste mês. A prévia da inflação elevou 6,85% em 12 meses e 4,8% no acumulado do ano.
A pesquisa divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que nove dos 11 segmentos analisados tiveram alta no mês. O custo com passagem aérea teve crescimento de 28,17%.
Os planos de saúde também pesam mais no bolso das famílias que ainda conseguem pagar, com reajuste de 15,5% liberado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). O índice teve grande impacto na inflação.
Depois de apresentar uma leve queda em setembro, o grupo de alimentação e bebida registrou alta de 0,21%. As frutas (4,61%), batata inglesa (20,11%), tomate (6,25%) e a cebola (5,86%) tiveram as maiores elevações no mês. Já no segmento de habitação, a energia elétrica subiu 0,07% e a taxa de água e esgoto, 0,39%.
Enquanto tudo fica mais caro, Bolsonaro e Paulo Guedes fazem planos temerosos, no caso de reeleição do presidente. Os reajustes do salário mínimo e das aposentadorias devem ser desvinculados da inflação do ano anterior, como acontece atualmente. A ideia é aplicar a projeção do índice futuro, que será sempre para baixo.
Não para por aí. Vazou também o projeto de Guedes de retirar da declaração do imposto de renda a dedução dos gastos com saúde e educação. Quer dizer, para cobrir o rombo deixado pela eleição, Bolsonaro quer jogar mais peso nas costas dos trabalhadores e empobrecer ainda mais a população.
Fonte: Seeb-Bahia