O banco Itaú, que teve pedido de liminar de interdito proibitório negado pela justiça nesta terça-feira, 4, vem tentando coagir seus funcionários a assinarem documento, em cartório, contra o Sindicato. No documento consta a informação que os bancários querem trabalhar, mas estão sendo impedidos de entrar nas agências.

Mais uma vez o Itaú se utiliza de subterfúgios para tentar driblar o movimento grevista que é totalmente legal. Ou seja, o banco está lançando mão do assédio moral como forma de persuadir seus funcionários.

Os bancários também foram obrigados a se concentrar na frente da agência para que o banco registrasse com fotos, e junto com o tal documento do cartório, tentar reverter a decisão do juiz que negou a liminar e agendou audiência UNA para o dia 20.

É visível que os banqueiros estão pressionando a categoria a abrir mão de um direito, e o que é pior, plantando artifícios para tentar enganar os juízes.

De acordo com o presidente do Sindicato, Rostand Lucena, o Bradesco usou dos mesmos artifícios na semana passada, resultando em desgastes desnecessários, pois não conseguiram nada na justiça. “Ao invés dos bancos ficarem assediando seus funcionários, deveria se preocupar em retomar as negociações e apresentar uma proposta decente”, declarou Rostand.

Acreditamos que o melhor caminho é a negociação, mas após um mês e meio e cinco rodadas de negociação, os bancos, além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram "não" às demais reivindicações, como valorização nos pisos, participação maior nos lucros e resultados, melhoria nas condições de trabalho e saúde, mais segurança, mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.

A categoria está unida, mobilizada e não irá se submeter a pressões e ameaças. A greve é um direito constitucional e último recurso utilizado pelos bancários para quebrar a intransigência dos bancos.

Fonte: Seeb-CGR