Jornal Hoje da Globo destaca bancários em reportagem sobre assédio moral
25/03/2011 - Por Bancários CGR
A edição do Jornal Hoje da TV Globo dessa quinta-feira, 24 de março, fez  uma grande reportagem sobre assédio moral, de 3`40`` de duração, no  qual cita a campanha nacional dos bancários sobre o tema. E, no final da  reportagem, orienta os trabalhadores vítimas de assédio moral a  procurarem o sindicato.
 
 Clique aqui para acessar o vídeo do Jornal Hoje.
 
 Leia o texto da reportagem:
 
 Assédio moral deve ser denunciado
 
 Uma brasileira que mora na Grã-Bretanha foi notícia no mundo inteiro  porque ganhou na justiça britânica uma indenização de 142 mil libras,  cerca de R$ 387 mil, por assédio moral. 
 
 A brasileira disse que era discriminada por causa de sua voz e porque  era de origem latina. Os colegas chegaram a perguntar se ela usava  drogas e a moça entrou em depressão.
 
 Situações assim são cada vez mais comuns no Brasil. Só no ano passado o  Tribunal Superior do Trabalho julgou 656 casos de assédio moral.
 
 "Ele xingava, ele humilhava, ele não tinha restrição para repreender os  funcionários", diz Rejane Morais, fiscal de caixa. A acusação é de  ex-funcionários de uma loja de departamentos em Salvador. Eles entraram  na Justiça contra um gerente.
 
 "Vocês vão ter que pagar mico, se vestir de baiana ou de bruxa. Foi  quando ele falou comigo `nossa Edilson, você nem precisou do nariz de  bruxa`. Eu só virei olhei para as pessoas e todo mundo dando risada",  conta o comerciário Edilson Monteiro.
 
 O caso faz parte de um tipo de processo cada vez mais comum. Só no ano  passado o Tribunal Superior do Trabalho julgou 656 casos de assédio  moral.
 
 Assédio moral é o constrangimento constante do trabalhador de tal forma  que acabe comprometendo a dignidade, a saúde física ou mental ou a  própria carreira profissional.
 
 Logo que entrou com uma ação contra a loja de calçados onde trabalhava  em São Paulo, o vendedor Rogério foi demitido. "Me senti perseguido  desde o início. Pedia que fosse colocar caixa no lugar, pedia para  repetir várias vezes mesma função", conta o rapaz que não quis se  identificar.
 
 Esse é só um dos exemplos de assédio moral, mas há outros:
 
 - ameaças constantes de demissão
 - ofensas pessoais
 - sobrecarrega de horário
 - impedir que os colegas se relacionem com a vítima
 
 Os advogados orientam as vítimas a registrar tudo o que puder servir de  prova. Anotar tudo, hora e local das agressões. Só converse com o  agressor na presença de testemunhas e procure chamar a atenção dos  colegas para o que acontece.
 
 Entre os bancários, preocupava a quantidade enorme de afastamentos do  trabalho por depressão. Em São Paulo, o sindicato descobriu que boa  parte das licenças era causada pelo assédio moral.
 
 "Assédio moral não é doença, mas ele causa doença. Trabalhador não bate  meta, tem medo de perder seu emprego. Ela não tem espaço para dialogar,  quais dificuldades, porque não bateu e aí vem punição", explica Walcir  Previtale, secretário de saúde do sindicato dos Bancários São Paulo,  Osasco e região.
 
 Quem achar que está sendo vítima de assédio pode procurar o sindicato de sua categoria profissional.
 
 Se o trabalhador preferir pode ir direto ao Ministério Público do  Trabalho. Lá existe um pessoal preparado para orientar, investigar e  acolher denúncias que podem ser feitas no anonimato. O atendimento é de  graça.
 
Fonte: Contraf-CUT, com Jornal Hoje

