Jornal Nacional exibe reportagem sobre mortes em assaltos a bancos
22/07/2013 - Por Bancários CGR
Uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira (19) pela Confederação Nacional dos Bancários mostrou o aumento do número de mortes em assaltos na saída das agências.
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O levantamento da Contraf, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, com apoio do Dieese, começou em 2010. Os números apresentados para o primeiro semestre de 2013 são os piores da série.
As 30 mortes no primeiro semestre representam um aumento de 11%, em relação aos primeiros seis meses do ano passado. São quase três vezes mais mortes se compararmos com o primeiro levantamento de 2010.
A maior vítima dessa violência é o cliente. De acordo com a pesquisa, 60% dos mortos eram pessoas que entraram em uma agência bancária para sacar dinheiro e sofreram uma tentativa de assalto na saída.
Em São Paulo, o estado onde acontece quase metade das mortes (47%), bandidos agiram novamente nesta sexta (19). A tentativa de assalto na saída de uma agência terminou com dois assaltantes presos, um deles baleado pelos policiais.
A Contraf cobra medidas dos bancos para aumentar a segurança. Uma delas é a instalação de biombos, isolando a área dos caixas. Isso já acontece em João Pessoa, onde uma lei municipal de 2008 exige que os bancos tenham divisórias para impedir a visão do que acontece nos caixas. Antes disso a cidade vivia uma onde de assaltos, com uma média de um roubo por dia na saída de agências. Em 2013 foram oito.
A Contraf pede também o fim das taxas de transferência entre bancos.
"As tarifas são altas e os clientes preferem pegar o dinheiro em uma agência e transportar para outra. E é aí que ocorreu a maior parte dessas mortes", explica o presidente da Confederação dos Bancários, Carlos Cordeiro.
A Federação Brasileira de Bancos declarou em nota que a segurança é uma preocupação central da entidade. Em relação à instalação de divisórias, a Febraban disse que algumas leis aprovadas pelos poderes legislativos, estaduais e municipais são muitas vezes inconsistentes, inexequíveis e de possível impacto negativo, por carecerem de devido fundamento técnico. ainda segundo a Febraban, os investimentos em segurança tiveram um aumento de mais de 60 %, em quase 10 anos.
Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo