Licença-prêmio é pauta de reunião entre Banco e Coordenação da CNFBNB
29/11/2010 - Por Bancários CGR
A Coordenação Executiva da Comissão Nacional dos Funcionários do BNB (CNFBNB), representada pelos diretores da AFBNB, Dorisval de Lima e Assis Araújo, e pelo diretor do Sindicato dos Bancários do Ceará, Tomaz de Aquino, além do representante da FETEC/NE, Ribamar Pacheco, esteve reunida com o Diretor Administrativo do Banco do Nordeste, Stélio Gama Lyra, a Superintendente de Desenvolvimento Humano, Eliane Brasil, e a gerente de ambiente de Gestão de Pessoas, Célia Matos, para discutir o restabelecimento do benefício da licença-prêmio.
A reunião foi motivada pela ausência de informações oficiais quanto à tramitação da proposta, apresentada inicialmente pelo Banco às entidades no dia 13 de setembro, o que tem gerado inúmeros questionamentos e dúvidas por parte dos funcionários.
A informação dada pelo Banco foi de que ao apresentar a proposta à CNFBNB não havia ainda posicionamento final do Conselho de Administração do Banco. Essa resposta só teria vindo posteriormente e com alterações, tendo por base parecer do Comitê de Auditoria. A principal delas é o mês para cálculo dos valores a serem pagos, que ao invés de agosto de 2010, conforme foi informado pelo Banco será o salário do mês/ano em que o funcionário completou quinquênio, corrigido até os dias atuais pela TR. Isso representa uma redução de 25%, em relação ao valor global das indenizações anteriormente anunciado.
Para tentar compensar esse déficit, o Banco informou que a alternativa encontrada foi indenizar, logo após a celebração do acordo, os dias a serem creditados no SIP (10% do saldo de dias referente ao passivo) e os 14 dias úteis anuais já adquiridos e futuros, com base no salário atual. Por conta disso, os sindicatos deverão convocar novas assembléias, haja vista tratar-se de nova proposta.
Para a Coordenação executiva da CNFBNB/Contraf-Cut, representada por dirigentes da AFBNB e SEEB-CE, o Banco se precipitou ao divulgar valores e gerar expectativas sem o aval das instâncias superiores. E cobraram que o Banco melhore sua comunicação com os trabalhadores, informando detalhadamente o passo a passo, a fim de evitar mal entendidos e desgaste para as entidades e para o Banco.
Assim, ficou registrada pelas entidades representativas a necessidade de maior seriedade no trato das questões de interesse dos funcionários. Por fim, foram cobrados do Banco todos os cuidados necessários, inclusive em termos de tempo, para que não haja prejuízos, haja vista a proximidade do recesso forense, principalmente para os casos em que haja necessidade de homologação de desistência de ações judiciais.
Para o Secretário de Imprensa do Sindicato, João Roncalli, a postura do banco novamente prejudica o funcionário e desrespeita o movimento dos trabalhadores. Ao quebrar um acordo existente e apresentar números inferiores aos aprovados pelos funcionários em assembléias a direção do BNB dá mais uma demonstração de que não está levando tão a sério a resolução do grave problema.
Fonte: Seeb-CGR com CNFBNB