Lucro do Itaú chega aos quase R$ 41,5 bilhões em 2024
06/02/2025
Mesmo com uma rentabilidade de 23,3%, banco continua demitindo funcionários e fechando agências bancárias
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O Itaú obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial (que exclui efeitos extraordinários) de R$ 41,403 bilhões em 2024, alta de 16,2% em relação ao ano anterior. No quatro trimestre, o lucro líquido gerencial foi de R$ 10,884 bilhões, alta de 2% em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando o banco lucrou R$ 10,675 bilhões). A rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE), no Brasil, foi de 23,3% no período, com alta de 1,6 ponto percentual (p.p.) em doze meses.
“O efeito positivo do crescimento da carteira, da maior margem com passivos e maiores ganhos com operações estruturadas do atacado, levou a um crescimento de 7,1% na margem financeira com clientes (excluindo o resultado da operação na Argentina em 2023, alta de 8,3%). Igualmente, houve aumento na margem financeira com o mercado e redução de 6,6% no custo do crédito”, explica o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no documento de análise do lucro do banco.
Demissões e fechamento de agências
Ao final de 2024, a holding contava com 86.228 empregados no país, 373 postos de trabalho a mais em doze meses, porém, com fechamento de 635 postos no quarto trimestre. Segundo o relatório elaborado pelo banco para divulgação dos resultados do ano, “a mudança do perfil de colaboradores, com mais profissionais em tecnologia e menos em áreas operacionais, é demonstrada com o crescimento de 12,5% nos colaboradores da área de tecnologia e a redução de 2,2% no quadro de colaboradores do Brasil, em relação ao mesmo período do ano anterior.”
Outro dado significativo é o que mostra o fechamento de 219 agências físicas do Itaú no Brasil em 2024.
A receita com prestação de serviços e tarifas bancárias cobradas pelo Itapu cresceu 2,2% em doze meses, totalizando cerca de R$ 49,2 bilhões ao final de 2024, enquanto as despesas de pessoal, considerando a PLR, cresceram 7,5%, somando, aproximadamente, R$ 31,3bilhões. Assim, a cobertura destas despesas pelas receitas de serviços e tarifas foi de 157,1%.
Aumento do crédito, queda na inadimplência
A carteira de crédito cresceu 15,5% em doze meses e 6,3% no trimestre, atingindo R$ 1,359 bilhão. As operações com pessoas físicas (PF) no país cresceram 6,9% em doze meses, totalizando R$ 444 bilhões, com destaque para o crédito imobiliário (+11,1%), veículos (9,9%) e crédito pessoal (+8,4%). As operações com pessoa jurídica tiveram alta de 16,4% no período, totalizando R$ 353,5 bilhões. Destaques para o Financiamento à Exportação/Importação (+38,3%); BNDES/Repasses (+35,7%) e Crédito Rural (+14,2%). A carteira de crédito da América Latina cresceu 19,4%, atingindo R$ 224,6 bilhões. O Índice de Inadimplência para atrasos acima de 90 dias no país, caiu 0,6 p.p., ficando em 2,6% em dezembro de 2024. As despesas com provisão para devedores duvidosos (PDD) caíram 8,5% em doze meses, totalizando R$ 33,1 bilhões.
Veja abaixo a tabela de resumo do balanço do banco ou, se preferir, leia a íntegra do documento elaborado pelo Dieese.
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Fonte: Contraf-CUT