Ultrapassam os R$ 15 bilhões os lucros dos três maiores bancos privados brasileiros somente no primeiro semestre de 2010. Enquanto Itaú Unibanco, Bradesco e Santander não param de bater ano a ano seus incríveis resultados, os bancários – peças-chave na obtenção dos balanços extraordinários – são obrigados a cumprir metas abusivas e a trabalhar mais e mais para satisfazer a ganância dos banqueiros por valores cada vez maiores.

Na condição de principais responsáveis pelos lucros alcançados pelos bancos, os bancários exigem mais contratações, melhorias nas condições de trabalho e divisão justa dos resultados. “Os bancários foram diretamente responsáveis por esses lucros e merecerem mais valorização. Esperamos que os bancos reconheçam nosso esforço”, afirma Garcia Rocha, diretor do Sindicato.

Em comparação com os seis primeiros meses do ano passado, os três bancos tiveram crescimento expressivo. O topo do ranking é ocupado pelo Itaú Unibanco, maior instituição financeira privada do país, que apresentou lucro líquido de R$ 6,4 bilhões, montante 39,6% maior que no mesmo período do ano passado. O resultado é o melhor do setor bancário no Brasil para os seis primeiros meses do ano. “Com mais clientes, o setor precisa de mais bancários para reduzir as filas e melhorar o atendimento nas agências”, afirma Washington Henrique, diretor do Sindicato.

O Bradesco, segundo maior banco privado do Brasil, anunciou lucro líquido de R$ 2,52 bilhões no terceiro trimestre de 2010, valor que representa um incremento de 4,7% em seus rendimentos em relação ao mesmo período de 2009. No lucro acumulado em 2010 o valor chega a R$ 7,12 bilhões.
Já o lucro do Santander no Brasil é o maior do banco no mundo. Levando em conta o padrão internacional de contabilidade, o IFRS, o banco encerrou o segundo trimestre com ganho líquido de R$ 1,766 bilhão, aumento de 9,5% em relação aos R$ 1,613 bilhão apurados no mesmo intervalo de 2009.

Thaís Rohrer
Do Seeb Brasília