Os funcionários do Banco do Brasil da agência de Remígio, agreste do Estado, viveram momentos de tensão nesta segunda-feira, 24, com a ação de bandidos que invadiram a agência, quebraram a vidraça e renderam os vigilantes. Esse foi o segundo assalto a agência em quatro meses. Em setembro, a agência do banco do Brasil da cidade também havia sido assaltada. Até agora ninguém foi preso.

O Sindicato esteve no local para garantir os direitos dos trabalhadores.  O banco informou que na terça-feira 25 a agência não será aberta e os bancários terão acesso a assistência médica e psicológica.

Abandono na segurança pública facilita assaltos

A falta de uma segurança pública eficaz e a ausência de investimentos em instrumentos e políticas efetivas de garantia tem feito das agências bancárias localizadas em cidades de menor porte o alvo principal dos assaltantes.

Na maioria das cidades a segurança pública é feita por um contingente irrisório, viaturas sucateadas e armamento obsoleto, não dando a mínima condição de confiança à população.

É indispensável que o poder público invista com urgência na segurança do estado com o aumento do número de policiais, treinamentos especiais para corporação, nova frota com viaturas potentes, aeronaves, armamento moderno e um setor de inteligência eficiente.

É dever do estado garantir a segurança do cidadão. Ninguém está mendigando favor, muito pelo contrário. Tem-se uma contribuição alta e em contrapartida a população está à mercê da própria sorte.

A situação caótica em que se encontra a segurança na Paraíba tem sido motivo de constante preocupação da diretoria do Sindicato e motivo de ações e reivindicações junto ao poder público. Nesse sentido, desde 2009, os Sindicatos de Campina Grande e da Paraíba formularam denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho.

Em audiência realizada no ano passado, que contou com a participação de representantes dos bancos, da secretaria de segurança pública do estado e representantes da polícia militar, foram expostos os problemas e os sindicatos apresentaram diversas propostas para melhoria da segurança no setor bancário e no setor público. A procuradoria do Trabalho notificou os bancos sobre a denúncia e sobre as propostas apresentadas pelos sindicatos para que os mesmos se posicionassem. Os bancos alegaram que cumprem as leis de segurança. No último contato que tivemos com a procuradoria do trabalho fomos informados que o Ministério Público Estadual seria convidado a participar do debate, pois o problema envolve segurança pública.

Fonte: Seeb-CGR