Mesa temática de terceirização com Fenaban começa debate por call center
01/04/2011 - Por Bancários CGR
 A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quinta-feira, 31,  os debates na Mesa Temática de Terceirização com a Fenaban. A  discussão, realizada em São Paulo, definiu a primeira área em que serão  aprofundados os debates sobre a possibilidade de reversão do processo de  terceirização: call center.
A Contraf-CUT, federações e sindicatos retomaram nesta quinta-feira, 31,  os debates na Mesa Temática de Terceirização com a Fenaban. A  discussão, realizada em São Paulo, definiu a primeira área em que serão  aprofundados os debates sobre a possibilidade de reversão do processo de  terceirização: call center.
 
 A decisão de focar uma área específica para a construção de um acordo  para a internalização dos serviços havia sido tomada no último encontro  foi realizado no dia 15 de dezembro. A partir de agora, o debate terá  como ponto de partida os acordos já firmados entre os trabalhadores e  alguns bancos nessa área. 
 
 "Vamos tentar construir uma regra geral que venha a ser contratada com  todos os bancos, já que a atividade bancária é a mesma. Um dos desafios  dessa mesa temática será elaborar uma proposta que assegure o direito  dos trabalhadores diante das diferentes realidades encontradas nos  bancos", afirma Miguel Pereira, secretário de Organização do Ramo  Financeiro da Contraf-CUT.
 
 O objetivo dos trabalhadores com esses debates é a reversão de uma série  de atividades consideradas como tipicamente bancárias e que estão sendo  prestados por trabalhadores terceirizados. "Com isso, combatemos a  precarização do trabalho e a fragmentação da categoria", destaca Miguel.
 
 Para os bancos, explica o dirigente sindical, o interesse no debate é  crescente por conta da insegurança jurídica diante da inexistência de  legislação específica sobre o tema, com a aplicação do Enunciado 331 do  TST que considera ilegal a contratação por meio de empresa interposta  e/ou quando estão presentes os elementos caracterizadores da relação de  emprego: pessoalidade, habitualidade, subordinação direta e onerosidade.  
 
 Isso tem gerado enorme passivo trabalhista. Um exemplo recente aconteceu  no Rio de Janeiro: a 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST)  condenou o Santander a pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos, em  ação civil pública do Ministério Público do Trabalho (MPT). A medida foi  impetrada a partir de uma denúncia do Sindicato dos Bancários do Rio de  Janeiro, reclamando
 contra terceirizações de atividades-fim, mediante a contratação da
 prestadora de serviços bancários Proservv, atual Fidelity.
 
 Para Miguel, a retomada da mesa temática foi positiva. "É um processo  importante. Nesse espaço, conseguimos aprofundar debates e construir  propostas que serão tratadas durante as negociações da Campanha Nacional  dos Bancários, a exemplo do combate ao assédio moral e dos avanços na  segurança bancária", salienta. 
 
 Ao final, foi definida a data indicativa de 6 de maio para a próxima reunião.
Fonte: Contraf-CUT

