A atual gestão da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) aumentou as despesas administrativas da entidade em quase 60% nos últimos 10 meses, como mostram dados disponíveis pela própria entidade, no demonstrativo de resultados e no hotsite Visão Cassi.
Considerando ainda todos os planos da Cassi, as despesas operacionais vêm superando as receitas operacionais, desde julho de 2021, como mostra o próximo gráfico, disponível no portal Cassi.
“Esses números comprovam o que as entidades sindicais que representam os trabalhadores da ativa e aposentados do BB têm denunciado nos últimos anos. Mesmo tendo recebido R$ 3,6 bilhões a mais no caixa, nos últimos anos, a atual diretoria e conselheiros colocaram em risco a sustentabilidade da Cassi”, observa ex-gerente executivo da Cassi, Claudio Said. “E isso é muito preocupante, porque a partir deste ano, 2022, o Banco do Brasil deixará de pagar cerca de R$ 140 milhões anuais de custeio administrativo”, completa.
Na tentativa de esconder o resultado deficitário na Cassi, defensores da atual administração divulgaram nas redes sociais que o resultado operacional da entidade é superavitário. “O problema é que eles estão considerando o Plano Associados junto com o Plano Família e o Plano Essencial. Mas o nosso plano é o Plano Associados que, como os resultados divulgados oficialmente no site mostram, está deficitário”, explica João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). “Portanto, ao apresentar o resultado geral dos planos, a gestão atual da Cassi esconde o déficit operacional do Plano Associados, incluindo receitas extraordinárias no cálculo. Isso é o tipo de coisa que empresas normais não fazem, ainda mais porque os recursos extraordinários – como é o caso do aporte que o banco fez de 2019 até 2021 – são provisórios”, completa.
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Fonte: Contraf-CUT