Metas abusivas e assédio moral nas CRBBs precisam ser contidos
13/05/2022 - Por Bancários CGR
No que diz respeito às metas abusivas, o entendimento do BB é que o problema talvez não sejam as metas, mas sim, a forma como elas são exigidas, argumento que obteve refutação dos sindicalistas. “O dimensionamento das exigências e a disponibilidade de recursos, tanto humanos quanto de condições de trabalho e renda, mostram-se inadequados. A fim de atender as demandas das Centrais, é importante fazer um novo redesenho, que proteja a saúde desses funcionários, alcance a rentabilidade para a empresa, assegurando boas condições, encarreiramento e motivação, bem como o preenchimento das vagas com novos concursados ou com outros funcionários que queiram trabalhar nas Centrais”, afirmou Getúlio Maciel, representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB pela Fetec-SP.
Quanto ao assédio moral, as críticas feitas pelo movimento sindical quanto à tentativa de institucionalização dessa prática nefasta nas CRBB’s, tem deixado os funcionários no limite da integridade de sua saúde física e mental, recrudescendo a indignação dos colegas em relação ao descaso da empresa, dificultando qualquer entendimento com o BB e os sindicatos. “A exceção da Central de Relacionamento em SP, os níveis preocupantes apurados em denúncias pelas outras CRBB’s, notadamente em São Jose dos Pinhais, clama por uma resposta dura da direção do Banco no sentido de coibir essas atitudes e demonstrar que, de fato, não vai tolerar o ambiente toxico de assédio moral nas suas dependências” disse Maciel.
As diretorias do banco (DIPES e DIVAR) demonstraram entender as reivindicações dos trabalhadores, mas ainda não se comprometeram com uma solução definitiva, de modo que ainda haverá outras conversas ainda sobre o tema, até que haja verdadeiros avanços como os funcionários sobre o tema. “Nós estamos sempre abertos ao diálogo em busca de soluções. O problema é que algumas vezes os gestores não têm a mesma postura e prefere o enfrentamento. Desta forma, não conseguimos resolver os problemas, que só crescem e prejudicam cada vez mais trabalhadores”, lamentou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Nós vamos continuar alertas com essa situação. Esperamos que eles resolvam efetivamente essa questão”, completou.
Retorno ao trabalho presencial
No dia 22 de abril, o Ministério da Saúde publicou portaria encerrando oficialmente a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência da covid-19. Publicada em edição extra do Diário Oficial da União, a portaria passa a valer depois de 30 dias para adequação dos governos federal, estaduais e municipais. Um dos principais impactos para os trabalhadores deve ser a convocação dos trabalhadores para o retorno ao trabalho presencial, inclusive dos do grupo de risco. “Nosso acordo coletivo da covid-19 está atrelado a Espin. Com a revogação dela, perdemos o que foi conquista em relação a manter o grupo de risco em home office, a compensação do banco de horas negativo e, por fim, o compromisso de não descomissionar, que o banco assumiu no início da pandemia. Nós precisamos saber como ficará isso”, cobrou Fukunaga.
Fonte: Contraf-CUT