Milhares de pessoas vão às ruas exigir o impeachment de Bolsonaro
05/07/2021 - Por Bancários CGR
No #3J, manifestantes tomaram as ruas de cidades em todo o Brasil desde as primeiras horas deste sábado, com recado claro ao Congresso para desengavete os pedidos de impeachment de Bolsonaro
Milhares de brasileiros foram às ruas neste sábado (3) para exigir o impeachment de Jair Bolsonaro (ex-PSL). De acordo com levantamento prévio das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, mais de 800 mil pessoas participaram dos protestos em 312 cidades no Brasil e 35 no exterior.
A terceira onda de manifestações, a exemplo das anteriores, nos dias 29 de maio e 19 de junho, deu um recado direto ao Congresso Nacional, especialmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira (PP-AL), que está ignorando os pedidos de impeachment: o povo quer a destituição do presidente e tem muitas razões para isso. Em muitas cidades do país, Lira foi tratado como cúmplice de genocídio.
A garotinha que perdeu a avó e estava nas ruas de São Paulo tem o maior motivo do mundo para protestar. A avó poderia estar viva se Bolsonaro não tivesse negligenciado o enfrentamento à pandemia do novo coronavírus, se tivesse comprado rapidamente as vacinas e tantas outras coisas que ele não fez.
Este jovem que estava nas ruas do Rio de Janeiro também tem razão para denunciar o descalabro que é a cobrança de propina na compra de vacinas.
E quando os recados a quem pode encaminhar a destituição do pior presidente da história do Brasil são dados por uma massa pacífica, mas determinada, que protesta contra a condução desastrosa de Bolsonaro em todos os aspectos como na economia e no enfrentamento à pandemia, que já matou mais de 525 mil pessoas, não dá para ignorar.
Para a CUT, centrais sindicais, movimentos populares partidos políticos, cujos parlamentares não compactuam com o governo, passou da hora de o presidente da Câmara desengavetar um dos mais de 120 pedidos de afastamento já protocolados na Casa. Inclusive o superpedido de impeachemant, protocolado esta semana.
Por isso, mais 340 atos foram realizados neste sábado. As mobilizações reivindicam também comida no prato e vacina no braço, auxílio emergencial de R$ 600 e são contra as privatizações, denunciam a miséria, fome, desemprego, retirada de direitos e vários ataques do governo, são contra o genocídio do povo brasileiro, capitaneado por Bolsonaro.
Além de atos no Brasil, protestos foram realizados em outros países.
Em Campina Grande, as mobilizações começaram com ato na Praça da Bandeira e depois passeata pelas principais ruas do Centro da Cidade.