Diante dos discursos inflamados de Jair Bolsonaro, as formas de violência no âmbito político ganham força nas eleições deste ano. O assédio eleitoral por parte de patrões sobre empregados é sido uma das mais frequentes. Os dados do MPT (Ministério Público do Trabalho) confirmam.
Do início da campanha até o momento, foram feitas, pelo menos, 138 denúncias deste tipo em 21 estados e no Distrito Federal. A maioria (60) aconteceu no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina, estados que estão entre os que deram as maiores votações ao atual presidente no primeiro turno.
Segundo o MPT, o Sudeste soma 33 registros, o Nordeste 22, o Centro-Oeste 13 e o Norte, 10. Nota técnica do Ministério, emitida no último dia 7, ressalta que “o assédio moral eleitoral é caracterizado a partir de uma conduta abusiva que atenta contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento subjetivo da vítima em relação a determinadas práticas ou comportamentos de natureza política durante o pleito eleitoral”.