Mulheres se unem para romper barreiras juntas

08/11/2010 - Por Bancários CGR

altDirigentes bancárias fazem parte dos debates que reúnem sindicalistas de todo o mundo em congresso da UNI no Japão

São Paulo - Sob a bandeira Rompendo Barreiras Juntas, delegações do mundo inteiro presentes à 3ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI-Sindicato Global debateram temas e propuseram ações sobre migração e tráfico de mulheres, o impacto da crise financeira mundial sobre as trabalhadoras e o uso da mulher como arma de guerra.

A 3ª Conferência Mundial de Mulheres da UNI-Sindicato Global (Union Network International, entidade sindical que reúne trabalhadores do setor de serviços de todo o mundo) terminou neste domingo 7 de novembro em Nagasaki, no Japão.

A delegação bancária do Brasil é composta pela secretária de Políticas Sociais da Contraf/CUT, Deise Recoaro, pelas diretoras do Sindicato Adriana Magalhães, Neiva Ribeiro e Rita Berlofa, além de Denise Correa (da Fetrafi/RS). A Conferência de Mulheres antecede o 3º Congresso Mundial da UNI, que começa nesta terça-feira 9 e vai até quinta, também em Nagasaki.

O tema da crise financeira foi introduzido na Conferência de Mulheres por Deise Recoaro, que falou sobre a falta de controle e regularização do sistema financeiro, que por “irresponsabilidade vende até o que não existe” para manter seus altos lucros. Deise alertou sobre as consequências na vida de mulheres e crianças que sofrem com mais intensidade os efeitos da crise mundial.

“Essa crise financeira internacional, gerada com base num modelo econômico onde o que impera é a selvageria e não a sustentabilidade, que faz agravar no mundo a exclusão social, a discriminação e a xenofobia, traz também no seu conteúdo uma forte ameaça à democracia no mundo”, advertiu Deise em sua exposição em Nagazaki.

A diretoria do Sindicato Neiva Ribeiro, acrescentou em sua intervenção que “a crise revela as contradições de um sistema que está se auto-destruindo”, alertando para a necessidade de “termos de encontrar alternativas e juntar esforços internacionais para que nós trabalhadores não continuemos a sofrer os efeitos de crises que não foram geradas por nós”.

Violência – Outro tema que chocou a todas as delegadas presentes foi o uso das mulheres como armas de guerra. A representante da República Democrática do Congo denunciou casos de estupros individuais e coletivos contra as mulheres vítimas das milícias e da guerra civil.

Para Rita Berlofa, diretora executiva do Sindicato, “a exposição da violência foi um momento avassalador, onde estupefatas ouvíamos os relatos da brutalidade cometida contra as mulheres e suas famílias em pleno século 21. Temos que gritar ao mundo o que está acontecendo, pois essa violência atinge não só aquelas mulheres, mas toda nossa civilização. Temos que envidar todos os esforços para pormos um fim a essa barbárie que nos rouba o direito de nos denominarmos humanos”.

Outro grande desafio apontado na conferência foi o de estabelecer e fazer respeitar a cota de 40% de participação de mulheres nos congressos e espaços de decisão da UNI, já a partir deste 3º Congresso Mundial, que começa nesta terça-feira 9.


Fonte: Seeb SP

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