Os financiários já têm garantida a reposição da inflação em seus salários e todas as cláusulas econômicas. Na segunda rodada de negociação, realizada na terça-feira 12, entre a federação patronal e representantes dos empregados, o reajuste de 1,76% pelo INPC foi garantido. Nas próximas rodadas será debatido o aumento real para salários e demais verbas. Os trabalhadores querem a reposição total do INPC mais 5% em razão dos altos resultados das financeiras no primeiro semestre.
“Isso é muito importante. Saímos da mesa com a garantia da reposição da inflação e a partir de agora vamos negociar aumento real para salários, vales, auxílios, PLR”, reforça o coordenador da mesa, Jair Alves, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Também foi debatida uma nova cláusula para a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para abranger os trabalhadores que concedem créditos nos finais de semana em lojas e concessionárias. Segundo os representantes patronal, são 54 as empresas que têm financeiras e seriam abrangidas.
A proposta dos representantes dos trabalhadores é ampliar os direitos de todos os empregados que prestam serviços financeiros inclusive nos finais de semana. “Só vamos aceitar se esses trabalhadores tiverem direito a todas as conquistas do acordo dos financiários e devidamente remunerados pelo trabalho aos sábados e domingos e feriados. Agora queremos saber quais lojas, quem são esses trabalhadores, onde estão”, avisa Jair.
A mesa também debateu ajustes na cláusula da Participação nos Lucros e Resultados, para contemplar questões fiscais, de forma a abranger o exercício do ano. Não haverá impactos nos valores a serem pagos aos trabalhadores.
Ficou acertado, ainda, o compromisso de manter as regras da convenção anterior durante a negociação, sem nenhum prejuízo aos trabalhadores.
Em função dos jogos da Copa do Mundo, a próxima rodada de negociação será realizada na primeira semana de julho.