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Nova plenária avalia mobilizações contra a reestruturação do BB
19/02/2021 - Por Bancários CGR
Os bancários do Nordeste realizaram mais uma plenária de mobilização na quinta-feira, 18/2, reunidos através da plataforma Zoom.
Na ocasião foram passados os informes sobre a reestruturação do Banco do Brasil, principalmente a respeito da liminar conseguida pela Contraf-CUT, obrigando o BB a manter os caixas executivos.
Além disso, os bancários tiraram suas dúvidas sobre situações específicas do processo de reestruturação.
Na próxima segunda-feira, dia 22/2, às 14h, o Comando Nacional deve se reunir novamente para debater as mobilizações e traçar novas estratégias de luta.
Privatização – O deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) apresentou na Câmara dos Deputados, na quarta-feira (17/2), um Projeto de Lei (PL 461/2021) que altera a Lei 9.491 de 1997 e inclui o Banco do Brasil no Programa Nacional de Desestatização.
O deputado justifica o projeto alegando que é muito “simples” privatizar o Banco do Brasil, desconhecendo totalmente sua função pública e os lucros astronômicos produzidos por seus funcionários, que refletem em recursos para a União. A Contraf-CUT observa, porém, que, mesmo se aprovada, a proposta de Kataguiri terá que ser alterada por uma Lei Complementar, que deve ter origem no Executivo.
O movimento sindical vai lutar com todas as forças para que o projeto do Kataguiri não seja aprovado. Sabemos dos interesses do governo Bolsonaro na privatização das empresas públicas, dentre elas o Banco do Brasil. Já sentimos na pele a privatização disfarçada que ele vem promovendo no banco, com reestruturações e a venda de subsidiárias altamente lucrativas e, sabemos, se o banco ainda não foi privatizado foi devido à resistência das entidades sindicais e do apelo popular contra a pauta de privatizações.
O coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, também se mostrou contrário ao projeto. “Dizer que o Banco do Brasil pode ser privatizado por já ter ações na Bolsa é, no mínimo, falta de conhecimento da importância do banco para a economia do país. Mas, também pode ser que haja interesses diferentes do que o de desenvolvimento social e econômico do Brasil, o que contraria o dever que deveria ter um deputado federal”, criticou. “Por isso, vamos alertar aos funcionários e também toda a sociedade quanto aos riscos que existem caso o projeto seja aprovado. Vamos instruir a todos que se manifeste contra a aprovação”, concluiu Fukunaga.
Quem quiser mostrar sua contrariedade ao projeto, além de participar de outras atividades propostas pelos sindicatos e entidades sociais que lutam contra a privatização do Banco do Brasil, também pode acessar o site e mostrar sua discordância na enquete promovida pela da Câmara dos Deputados.
Fonte: Seeb-CGR, com informações da Contraf-CUT