Novo plano de previdência do HSBC exclui quem ganha menos de R$ 3.500
23/01/2012 - Por Bancários CGR
O HSBC deu mais um exemplo de que não valoriza seus funcionários. A direção do banco inglês lançou um novo plano de previdência corporativa que beneficia somente os bancários com rendimentos acima de R$ 3.500.
A diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Liliane Fiúza, explica que pelo plano antigo, que continua ativo, o trabalhador pode contribuir mensalmente com até 12%, mas o banco limita sua contribuição em 0,5%.
Já no novo, válido apenas para quem ganha mais de R$ 3.500, o banco contribui no mínimo com o mesmo valor de contribuição do funcionário, mas pode chegar a 140%, dependendo do tempo de casa do empregado.
"Com até quatro anos de empresa, a contribuição do banco é de 100%, o mesmo valor que é depositado pelo bancário; com cinco a 14 anos, é de 120%, e com mais de 15 anos de HSBC, o banco entra com 140%", informa.
O problema, segundo Liliane, é que ao incluir apenas funcionários com um certo patamar de salário, o HSBC exclui a maioria de seus empregados. "Queremos que o banco amplie as vantagens do novo plano para todos, sem discriminação. Afinal, não são apenas os que ganham salários melhores que merecem ter aposentadoria melhor."
Ela destaca que, ao anunciar o novo plano na página de seu site interno, o HSBC estampou: "Por que estamos fazendo isso? Sabemos que saúde, família e tranquilidade financeira são temas prioritários na vida de qualquer pessoa. E queremos que a nossa equipe esteja bem, hoje e amanhã, porque precisamos estar bem para proporcionar aos nossos clientes uma excelente experiência." Mas isso, critica ela, "desde que você, bancário, ganhe acima de R$ 3.500".
A dirigente sindical ressalta ainda que a média salarial do HSBC, uma das menores entre os bancos no Brasil, é de R$ 2.800. "Ou seja, a grande maioria dos funcionários ficará de fora. Não podemos admitir essa distinção e vamos exigir explicações sobre o plano, que foi elaborado e lançado sem nenhum debate prévio com o Sindicato."
Fonte:Contraf-CUT com Seeb São Paulo