
O trabalhador passará a ter dupla função e, portanto, dupla responsabilidade. Vão aumentar a sobrecarga e a cobrança. Ele passa a ter meta comercial para cumprir, mas como fica essa meta quando ele tiver de ficar no caixa? O Sindicato não é contra que o banco crie uma nova função para promover e treinar os trabalhadores, mas não podemos aceitar acúmulo de função. Além disso, a medida pode resultar em um aumento dos riscos de diferenças no fechamento dos caixas”, critica a diretora executiva do Sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados, Maria Rosani.
“Temos acordo para que caixas não cumpram metas. Com a medida, o Santander está desrespeitando esse acordo. Outro grande erro do projeto é que é o banco que vai indicar quem vai assumir o papel de ‘agente comercial’. Por que não deixa o funcionário decidir se quer a nova função?”, questiona Vera Marchioni, também diretora executiva do Sindicato e funcionária do Santander.
Atendimento –Vera lembra que a falta de caixas no Santander já é um problema antigo e será agravado. “O Sindicato já vem cobrando há tempos que o banco aumente o número de caixas, mas com essa medida, vai diminuir ainda mais.”
Maria Rosani destaca que o projeto também prejudicará clientes e usuários. “Os bancos em geral vêm numa ofensiva de expulsar os clientes das agências. Isso está errado: eles são concessões públicas e têm a obrigação de atender a população”, diz.
As dirigentes orientam os bancários envolvidos a denunciarem eventuais problemas ao Sindicato. “Para enfrentar essa nova situação precisamos do retorno e informação do bancário. Vamos acompanhar o processo de perto”, avisa Maria Rosani.
Fonte: Seeb-SP