Enquanto a redução de capital no BB Seguridade é apenas estratégia empresarial, a nova oferta de ações de tesouraria do Banco do Brasil mostra a política de redução do controle estatal sob a instituição financeira.
Alguém te consultou sobre a venda do seu patrimônio?
Ontem foram anunciadas duas vendas envolvendo o Banco do Brasil. A primeira refere-se ao BB Seguridade. Sobre esta, Wagner Nascimento, diretor da rede sindical internacional do Banco do Brasil Contraf -CUT e do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte afirmou que: “Não há nenhum movimento envolvendo estratégia ideológica, é uma ação empresarial comum.”
Segundo Nacimento, havia um valor muito grande de caixa, e a empresa não pretendia investir na aquisição de concorrentes ou em qualquer outra área. Por isso, optou-se pela redução de capital.
O mercado já aguardava essa diretiva e, tanto é que as ações da empresa estão em alta na bolsa, e há previsão de lucro de R$ 1,35 por ação com a redução de capital.
Apesar de o anúncio ter sido feito, ainda é necessário que a assembleia de acionistas aprove. Porém, não há muitas dúvidas de que os acionistas toparão a redução. O Banco do Brasil seguirá como maior acionista da empresa, com 66% das ações.
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa
Já o anúncio das ações da Tesouraria do BB é diferente. A venda delas muda a composição acionária do banco, diminuindo ainda mais o controle do governo e, possivelmente, o papel público do banco.
Atualmente o governo tem 52,2% das ações do Banco do Brasil, sendo 2,73% em ações de tesouraria. O anúncio de venda dessas ações, indica que diminuirá ainda mais a porcentagem de controle da União sobre o banco.
A porcentagem de ações não foi anunciada, apenas o valor delas, que é da ordem de R$2,9 bilhões. Nunca é demais ressaltar que o Banco do Brasil é uma empresa pública, que tem um importante papel social para o país e a sociedade.
Fonte: Reconta Aí