Para Contraf-CUT, mudanças trazem inquietação sobre futuro dos bancos públicos
25/03/2011 - Por Bancários CGR
As mudanças que estão sendo feitas nos bancos públicos geram um clima de  insegurança e tensão entre os trabalhadores dessas empresas e trazem um  ponto de interrogação sobre o papel que as instituições financeiras  públicas devem desempenhar na gestão Dilma Roussef.
 
  Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro  (Contraf-CUT), não deveria haver mais espaço para dúvidas sobre a missão  dos bancos públicos federais depois da atuação decisiva que  desempenharam na contenção da recente crise financeira e econômica  mundial. Atuando como agentes do governo, foram fundamentais para  inverter a lógica que estava sendo imposta pelo mercado, mantendo ativo o  fluxo de crédito, assegurando a continuidade do desenvolvimento  econômico e social do país e gerando milhões de empregos em todos os  setores e regiões.
Para a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro  (Contraf-CUT), não deveria haver mais espaço para dúvidas sobre a missão  dos bancos públicos federais depois da atuação decisiva que  desempenharam na contenção da recente crise financeira e econômica  mundial. Atuando como agentes do governo, foram fundamentais para  inverter a lógica que estava sendo imposta pelo mercado, mantendo ativo o  fluxo de crédito, assegurando a continuidade do desenvolvimento  econômico e social do país e gerando milhões de empregos em todos os  setores e regiões. 
 
 Na verdade, no início da crise mundial, os bancos federais,  especialmente o Banco do Brasil, hesitaram entre seguir o mercado  privado e exercer seu verdadeiro papel de agentes públicos. Foi preciso o  então presidente Lula demitir o presidente do BB na época para impor  uma correção de rota.
 
 O sistema financeiro hoje está indo na contramão dos compromissos da  presidente Dilma Roussef de acabar com a miséria em seu governo. O  Brasil é o campeão da desigualdade. E a rentabilidade recorde do sistema  financeiro nacional, incluídos os bancos públicos, às custas das taxas  de juros e spreads mais altos do mundo, é hoje o maior programa de  concentração de renda.
 
 A Contraf-CUT entende que, ao eleger Dilma Roussef, o povo brasileiro  sinalizou com clareza o que espera do governo federal e dos bancos  públicos: fomentar o crédito a taxas de juros e spreads justos, para  assegurar a continuidade do desenvolvimento econômico e da inclusão  social das dezenas de milhões de brasileiros que ainda vivem na miséria e  na pobreza.
 
 As direções dos bancos públicos federais devem, portanto, ser compostas  por profissionais comprometidos com esse projeto, e não por pessoas  ligadas ao mercado, com visão voltada para a competição e à busca da  rentabilidade via enxugamento e encarecimento do crédito. 
 
 Preocupada com essa situação, a Contraf-CUT está solicitando audiência  com o governo federal para apresentar sua posição com relação ao papel  que os bancos federais devem cumprir no sistema financeiro. Devem ser  indutores do desenvolvimento - e não meros competidores no mercado.
Fonte: Contraf-CUT

