Paulo Guedes tem plano para destruir Banco do Brasil
27/01/2020 - Por Bancários CGR
Banco e ministério da Economia negam, mas fontes ouvidas por agência de notícias confirmam "plano B" do Governo Federal para desmontar o banco público
Se a privatização não é o caminho para acabar com o Banco do Brasil como conhecemos hoje, o governo do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, estudam outros meios de atacar o BB. Isso inclui facilitar a demissão de funcionários e vender os ativos do banco.
Segundo reportagem da Reuters, as iniciativas teriam por finalidade "competir melhor com rivais privados", o que incluiria alterar as regras de emprego para facilitar a contratação e demissão de funcionários do banco e remover algumas restrições salariais, manter dividendos em patamares elevados a partir da venda de ativos e fechar parcerias com fintechs e outras startups, segundo fontes não identificadas ouvidas pela reportagem.
Apesar de negativas da direção do banco e do Ministério da Economia sobre mudanças, as informações obtidas pela Reuters confirmam o movimento de Paulo Guedes contra o BB.
"É um absurdo dizer que o Banco do Brasil não é competitivo, sendo que ele é um dos maiores bancos do país, sendo construído exatamente por seus funcionários de carreira", criticou o dirigente executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ernesto Izumi.
O dirigente disse ainda que este tipo de iniciativa, vinda de indicados do mercado financeiro para dirigir o BB, serve apenas para destruir o patrimônio construído durante a história centenária do banco e atender aos interesses corporativos dos bancos privados, acabando com a concorrência.
Ele também criticou a proposta de mudança na forma de contratação e demissão. "Isto é um absurdo, um ataque contra o direito dos funcionários e por isso não abriremos espaço. Estas novas revelações sobre os planos de Guedes para o banco demonstram que virão mais ataques para cima dos trabalhadores, como tem acontecido desde a reforma trabalhista. A nossa campanha salarial será muito difícil e precisamos de unidade, de lutar juntos para garantir direitos", finaliza Izumi.
Fonte: Redação SPbancarios