Texto aprovado na quarta-feira 10 agora segue para o segundo turno na Câmara e mais dois turnos no Senado; pressão dos sindicatos e movimentos sociais, responsáveis por barrar parte das maldades da reforma, deve se intensificar
Na quarta-feira 10, os trabalhadores sofreram uma dura derrota com a aprovação da reforma da Previdência, em primeiro turno, por 379 votos a 131. O projeto vai a votação em segundo turno e depois segue para o Senado, onde também será apreciado em dois turnos.
De acordo com Douglas Izzo, presidente da CUT-SP, o processo de votação da reforma” pela Câmara do Deputados, nesta quarta, foi o “dia da vergonha e da infâmia”. “O dia em que explicitamente o governo Bolsonaro comprou votos para retirar direitos da classe trabalhadora (...) A tarefa de todos nós, é de denunciar. Temos que fazer uma campanha para que quem vote por essa reforma não volte para o Congresso.”
Já o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, lembra que a promessa de “promover justiça social, ampliar a capacidade de investimento e gerar empregos” a partir da aprovação da reforma da Previdência é a mesma promessa que foi feita com a aprovação da reforma trabalhista.
“Falaram, à época, que seriam gerados 2 milhões de empregos. Passados quase dois anos, o que temos são 13 milhões de desempregados, mais de 26 milhões de desalentados e o aumento da informalidade, da precarização do emprego, a redução da renda e o País em crise, estagnado. O mesmo acontecerá com essa reforma da previdência”, afirma Vagner Freitas.
“Vamos marcar o nome de cada um desses deputados e deputadas que votaram a favor dessa reforma, vamos denunciá-los nas redes sociais, nas bases eleitorais deles como traidores da classe trabalhadora. É nosso dever”, reforça.
O presidente da CUT convoca sindicatos e movimentos sociais a prosseguir e intensificar a luta contra a reforma da Previdência e lembra que foi a atuação dessas entidades e movimentos que barrou parte dos prejuízos no texto aprovado em plenário. "Essas mobilizações conseguiram retirar da proposta itens caros ao governo Bolsonaro, como a capitalização, a aposentadoria dos trabalhadores rurais e de uma série de outros trabalhadores. Foram vitórias da nossa mobilização permanente, das ações e da greve geral. Vamos lutar muito por mais vitórias como essas.”
“Nós sabemos o jogo que há por trás de tudo isso, mas ainda não acabou. Tem a votação no Senado. Vamos fazer tudo que tiver de ser feito, até o fim, contra essa reforma”, conclama Vagner.
Reaja
O site Reaja Agora disponibiliza várias ferramentas para esclarecer a população sobre a reforma da Previdência. No site, você pode calcular como ficará a sua aposentadoria se a nova regra for aprovada; baixar a cartilha e o abaixo-assinado contra a reforma da Previdência; e com poucos cliques enviar mensagens para parlamentares pressionando-os a votar contra a proposta. Reaja!
Fonte: Redação Spbancarios, com informações da Rede Brasil Atual e CUT