Pesquisa analisará incidência de burnout na categoria bancária
02/12/2021 - Por Bancários CGR
O objetivo do psicólogo e pesquisador Rui Carlos Stockinger, da Universidade Católica de Petrópolis (RJ), é melhorar a compreensão de fatores associados à Síndrome de Burnout, ampliando a possibilidade de diagnóstico e de tratamento, além de apontar para as causas da ocorrência e contribuir com propostas de cuidados com a saúde da categoria.
No texto de divulgação da pesquisa, Stockinger diz que a Síndrome de Burnout “apresenta crescimento expressivo entre bancários e define-se por sintomas como o esgotamento físico e psicológico, o distanciamento afetivo dos demais, certa insensibilidade ou perda do sentido do eu e baixa realização profissional, caracterizada por sensações e sentimentos de baixas eficácia e autoestima”.
“Esta pesquisa investigará a relação entre conflitos de valores pessoais e éticos e alterações de identidade na Síndrome de Burnout em bancários, como por exemplo o distanciamento entre identidade pessoal e profissional, sentimentos de vazio, de perda de contato com as próprias vontades, o automatismo e rigidez no comportamento, sentimentos de incapacidade de refazer a vida fora da instituição bancária e sensações de recusa involuntária à ida ou permanência no ambiente de trabalho”, diz o pesquisador.
Para o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles, a Síndrome de Burnout representa atualmente um transtorno de enorme prevalência na atualidade. “Ainda é pouco conhecida e, portanto, sub diagnosticada, mas já se sabe que é geradora de outras morbidades e causa de um número crescente de afastamentos no trabalho com consequências na saúde, nas organizações de trabalho e apresenta crescimento expressivo entre bancários”, disse o dirigente da Contraf-CUT, lembrando que o nível de adoecimento psíquico na categoria é alto decorrente da pressão por resultados praticada pelos bancos. “Esta pesquisa vai nos ajudar a entender melhor essa realidade, auxiliando nossa ação sindical para enfrentar a situação, com propostas de novas formas de gestão e de cuidados com a saúde dos trabalhadores”, completou.
Participação do bancário
Mauro explica que é essencial que os bancários e as bancárias respondam a pesquisa. “Quanto maior a participação, melhor será a amostra e isso permitirá que tenhamos uma maior compreensão sobre esse fenômeno preocupante que é o adoecimento mental em nossa categoria”, disse.
Todos os bancários podem responder a pesquisa e não precisa ter algum sintoma. Mas, para evitar viés com respostas de trabalhadores de outras categorias, o link para acesso ao questionário será enviado aos bancários pelos seus respectivos sindicatos.
“É importante destacar que os dados pessoais dos respondentes serão mantidos em sigilo e ficarão em posse apenas do pesquisador, que divulgará os resultados de uma geral, sem qualquer possibilidade de identificação pessoal”, ressaltou o secretário de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT