Pesquisa mostra que 80% deixariam banco que fechasse agências
21/06/2012 - Por Bancários CGR
Mesmo com o avanço do uso da Internet nas transações bancárias, as agências físicas ainda são valorizadas pelos clientes e devem continuar com peso relevante nas operações dos bancos. Uma pesquisa da Cisco divulgada ontem mostra que 80% dos entrevistados abandonariam seu banco caso as agências fossem fechadas. "A agência bancária ganha um novo papel. Vai ser o elo de integração entre os canais [virtual e físico]", afirmou o diretor de Estratégia da Cisco do Brasil, Paulo Abreu.
O levantamento mostra que 92% dos entrevistados no Brasil disseram que gostariam que as agências bancárias oferecessem mais serviços financeiros e de assessoria. A Internet vem sendo cada vez mais usada para transações bancárias, mas sobretudo para operações mais simples, como pagamento de contas, consultas de extrato e saldo.
Segundo a pesquisa, 82% dos brasileiros preferem usar a Internet para essas finalidades. "Mesmo com as pessoas mais confiantes e íntimas da tecnologia, elas ainda buscam as agencias na hora de fechar uma operação mais complexa, como um empréstimo", afirmou o executivo.
O número de pessoas que usam a Internet para fazer serviços bancários no Brasil (82%) é, aliás, superior ao de países desenvolvidos (77%) e outros mercados emergentes (70%). Em nível global, o levantamento mostrou que os clientes rejeitam a ideia de agências muito automatizadas.
Em palestra no congresso da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) para discutir tecnologia bancária, o Ciab, o presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, foi questionado pelos especialistas se as agências bancárias poderiam desaparecer no futuro próximo. Setubal descartou essa hipótese e ressaltou que o atendimento em pontos físicos vai continuar com espaço relevante nas operações bancárias, ainda que com estrutura mais enxuta.
A pesquisa da Cisco referenda a avaliação de Setubal e mostra que 81% das pessoas de países emergentes (e 56% nos desenvolvidos) preferem entrar em uma agência bancária para receber atendimento personalizado e assessoria financeira.
A pesquisa ouviu 5,3 mil consumidores de produtos bancários em cinco países desenvolvidos (Canadá, França, Alemanha, Estados Unidos e Reino Unido) e emergentes (Brasil, China e México).
Fonte: Contraf-CUT com DCI