PLR do Banco do Brasil 2021 será creditada em 31 de agosto
27/08/2021 - Por Bancários CGR
“Os funcionários deram duro para chegar ao lucro atingido. Nada mais justo eles terem direito a receber esse valor o mais rapidamente possível. Acionista não faz parte da geração do lucro, mas é a parte que explora, através do capital, os trabalhadores para aumentar cada vez mais o lucro para seus dividendos, que inclusive são livres de tributação, ao contrário da PLR”, afirmou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).
O pagamento da PLR Banco do Brasil 2021, conquistada após a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho na Campanha Nacional de 2020, só ocorre após a distribuição de dividendos, ou juros sobre capital próprio, aos acionistas – incluindo o governo, que detém 50% das ações do BB; investidores estrangeiros com 21,5%; investidores nacionais com 28,1%; e ações em tesouraria, com 0,4%.
Em linhas gerais, não é possível simular previamente a PLR do Banco do Brasil 2021 porque este cálculo depende de etapas: separar o montante para os acionistas; fazer a distribuição para os acionistas, calcular o salário paradigma e a quantidade de salários e o módulo bônus para enfim, fazer o pagamento da PLR.
O Acordo Coletivo de Trabalho do BB sobre PLR prevê o pagamento 10 dias úteis após a distribuição de dividendos, e todo semestre a Contraf-CUT reivindica sempre a antecipação, tendo conseguido em anos anteriores.
- 2019: os acionistas receberam em 30 de agosto, e a PLR foi paga no mesmo dia
- Março de 2020 os acionistas receberam em 5 de março, e a PLR paga no mesmo dia
- Setembro de 2020 os acionistas receberam em 31 de agosto e foi um ano de renovação do ACT, então a PLR foi paga após a assinatura do acordo, em 20 de setembro.
- Em março de 2021 os acionistas receberam em 3 de março e a PLR paga no dia 12 de março
“A rotina do funcionário do BB é cumprir metas cada vez maiores em meio a um cenário de pandemia, enfrentar sobrecarga por conta da redução do número de funcionários, menores oportunidades de crescimento profissional, e ameaças de perda de função, ou descomissionamento”, afirma Fukunaga.“Esse cotidiano massacrante muitas vezes impede o funcionário de se atentar para outras questões que afetam o banco e, consequentemente, os funcionários, incluindo a redução do share no agronegócio, a concorrência das Fintechs, a ameaça do Open Banking e as ameaças constantes de privatização, a qual parte dos funcionários não acredita, mas que já foi defendida muitas vezes, inclusive pelo atual ministro da Economia, Paulo Guedes, na reunião ministerial divulgada em maio do ano passado, na qual o presidente disse cogitar a questão após 2022.”
Fonte: Contraf-CUT