As desigualdades sociais ficaram ainda mais perceptíveis na pandemia de causada pelo novo coronavírus. Relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta que, tanto na América Latina como no mundo, os bilionários viram as fortunas aumentarem, enquanto a renda do trabalho caiu por conta da redução de horas trabalhadas em todo o mundo.
A Covid-19 não teve o mesmo efeito para todos. Entre março e junho deste ano, as fortunas dos 73 bilionários da América Latina e do Caribe cresceram em US$ 48,2 bilhões. O aumento da riqueza dos 42 brasileiros mais ricos foi de US$ 34 bilhões no mesmo período. Os dados são do relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe”, publicado pela Oxfam Brasil.
Na contramão, os rendimentos provenientes do trabalho diminuíram em torno de 10,7% - aproximadamente US$ 3,5 bilhões (perto de R$ 19,6 bilhões) - só nos três primeiros meses do ano em relação a igual período de 2019. A queda foi maior em países de renda menor e a América foi a região mais atingida, com redução de 12,1%.
Ainda foi constatado que do quarto trimestre de 2019 para o segundo deste ano houve queda de 17,3% nas horas trabalhadas, o equivalente a 495 milhões de empregos de jornada completa (48 horas semanais). A OIT acredita que medidas, como fomentar o emprego e a atividade empresarial e assegurar a renda, precisam ser adotadas para diminuir os efeitos nos aspectos econômico, social e de trabalho.
Fonte: Seeb_Bahia