Preço de tarifas varia até 250% entre um banco e outro, mostra pesquisa
23/05/2011 - Por Bancários CGR
Olho vivo com as tarifas bancárias. Uma nova pesquisa mostra que a variação de um banco para outro chega a 250%.
A secretária Maria da Penha Habib tinha isenção de tarifas na conta corrente e foi pega de surpresa. "Até novembro não havia esta cobrança. A partir de dezembro apareceu e a partir de fevereiro o valor aumentou em 100%. Eu procurei saber se havia uma resolução do Banco Central autorizando aquela cobrança, e a gerente do banco disse que não. Era uma decisão do banco", conta.
As tarifas bancárias foram padronizadas pelo Banco Central para permitir a comparação de preços entre os mesmos serviços oferecidos por bancos diferentes. Só que muita gente anda pagando mais caro por achar que a medida criou um tabelamento de preços.
"Existe variação de até 250% entre o serviço de um banco e outro. Então, por que um banco cobra R$ 30 de tarifa de abertura de cadastro e outro cobra R$ 350 ou R$ 300?", indaga Gilberto Dias de Souza, gerente do Procon em Minas.
Para o Procon, a maioria dos clientes não se informa corretamente ao abrir uma conta. Por lei, os bancos são obrigados a ter um pacote básico de serviços sem taxa que dá direito, por exemplo, a fornecimento de cartão com função débito ou movimentação; realização de até quatro saques por mês (dois no caso de poupança); e fornecimento de até dois extratos por mês. O serviço só vale a pena para quem usa pouco o banco.
"Aquele consumidor que efetua poucos saques ou que prefere pagar tudo em espécie, que não coloca contas em débitos", afirma Gilberto Dias de Souza, gerente do Procon em Minas.
Uma dica é ficar de olho no saldo pela internet. Esse tipo de consulta nos caixas eletrônicos não é tarifado também. Quem acompanha o dinheiro na conta dia a dia tem mais chance de evitar cobranças indevidas.
Fonte: Contraf-CUT