Presidente da Contraf destaca importância da unidade

11/12/2013 - Por Bancários CGR

O jornal "Trabajadores del Mundo Financeiro", publicação da Confederación de Sindicatos Bancarios y Afines do Chile, publica em sua última edição entrevista com o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro. Também presidente da UNI Finanças Américas, Cordeiro visitou o Chile em agosto passado, quando destacou a importância da internacionalização da luta, da unidade e da solidariedade para o sindicalismo.

Os sindicalistas chilenos até hoje sofrem com as arbitrariedades cometidas pela ditadura militar que durou dezessete anos, destruiu o sistema previdenciário e de seguridade social do país, fragilizando as relações trabalhistas e os sindicatos. Para o presidente da Contraf-CUT, a internacionalização do movimento sindical é fundamental para que os trabalhadores possam trocar experiências, criar espaços de discussão e viabilizar acordos, que ampliem a força dos sindicatos e do poder de negociação nos diversos países.

"Quando criamos a UNI, criamos as redes bancárias, porque não basta sermos solidários por intermédio de carta. Essas redes se reúnem periodicamente e em todos os países os problemas são os mesmos: pressão, metas abusivas, bancários doentes por conta disso, terceirização que busca reduzir os direitos dos trabalhadores. Os bancos se unem para defender seus interesses, os trabalhadores precisam fortalecer seus espaços sindicais e é esse o papel da UNI, o de garantir a autonomia local, mas praticar a solidariedade e a unidade", afirmou.

Cordeiro também deu exemplos de locais onde não há sindicatos de bancários, como é o caso dos Estados Unidos, e contou que ao tentar formar um sindicato da categoria, do banco Santander, o banco não permitiu.

"Os acordos marcos são um instrumento fundamental para garantir aspectos básicos como o direito a sindicalização e à negociação coletiva. No Paraguai, há total desrespeito aos direitos sindicais, vamos até lá garantir direitos sindicais aos trabalhadores do Itaú, Santander e Banco do Brasil. O BB é o único banco que tem um Acordo Marco Global, o que é muito importante para podermos criar um sindicato de bancários nos EUA. Agora estamos caminhando para que o Itaú seja o primeiro banco privado a firmar um Acordo Marco Global", acrescenta o dirigente sindical brasileiro.

UNI Finanças Américas é o braço para o continente americano da UNI Sindicato Global, entidade que representa cerca de 900 sindicatos e 20 milhões de trabalhadores do setor de serviços em todo o mundo.

Contraf-CUT

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