Primeira negociação específica com BNB não registra avanços
26/08/2013 - Por Bancários CGR
Aconteceu nesta quinta-feira, dia 22, a primeira rodada de negociação específica entre o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT e assessorado pela Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB), e a direção do banco, em Salvador.
Houve debate das reivindicações sobre saúde, previdência, segurança e condições de trabalho. O BNB apenas escutou a representação dos funcionários, não registrando avanços nas negociações.
Dentre todos os assuntos colocados à mesa, o BNB apenas se posicionou sobre a questão da segurança, silenciando sobre demais reivindicações. Os representantes do banco apresentaram um relatório onde mostraram que o BNB está cumprindo as determinações legais.
"Mas sabemos que existem agências onde a segurança está falha, em relação aos biombos, por exemplo", apontou Tomaz de Aquino, coordenador da CNFBNB.
De acordo com Carlos Souza, vice-presidente da Contraf-CUT, as reivindicações sobre segurança visam a prevenção contra assaltos nas agências, principalmente no interior do Nordeste.
Saúde e Previdência
O Comando Nacional fez uma avaliação geral sobre a Camed e a Capef e reivindicou a eleição de diretores executivos nos planos, além de uma maior participação da empresa. O banco, por sua vez, não se pronunciou sobre o assunto. "É preciso revisar o plano BD para atualizar os valores, pois muita gente não está se aposentando pela Capef e continua trabalhando, mesmo recebendo o benefício do INSS", afirmou Tomaz.
Emprego
Foram reivindicadas mais contratações e o fim do processo de terceirização. Até 2016, o BNB está autorizado a ampliar seu quadro funcional para 7.150 trabalhadores. Porém, a representação dos bancários alertou que, diante da crescente demanda nas agências, esse número deveria subir para 10 mil ou 12 mil, no mínimo.
"O banco tem, atualmente, 6.320 funcionários. Então, falta menos de mil pessoas para chegar à meta e esse número está muito aquém das atuais necessidades das agências. O número insuficiente de funcionários gera uma série de problemas, como péssimas condições de trabalho, extrapolação de jornada e trabalho nos fins de semana", explicou Tomaz.
"Queremos contribuir para o crescimento do BNB e essas reivindicações pela convocação dos concursados, mais funcionários, fim das terceirizações são fundamentais para o fortalecimento do Banco como fomentador do desenvolvimento regional", salienta Carlos Souza.
A segunda rodada de negociação da pauta específica de reivindicações do BNB será na próxima segunda-feira, dia 26, às 10h, em Fortaleza. Estarão em pauta a remuneração e o emprego.
Confira algumas das principais reivindicações dos funcionários do BNB:
- Isonomia de tratamento;
- Bolsa educação;
- Isonomia entre funções;
- Incorporação de função;
- Equipamentos e medidas de prevenção contra assaltos, sequestros e extorsões;
- Plano de custeio da Camed;
- Revisão do PCR;
- Planos de previdência complementar.
Fonte: Contraf-CUT com SEEB Ceará