Procon mostra que bancos tem de contratar
31/07/2013 - Por Bancários CGR
Um ranking contendo as empresas mais reclamadas divulgado pela Fundação Procon revela como os bancos têm de investir em mais contratações para melhorar as condições de trabalho dos funcionários e de atendimento aos clientes.
Segundo lista divulgada pelo órgão em 25 de julho, no primeiro semestre deste ano o segmento instituições financeiras (bancos, cartões de crédito e financeiras) foi responsável por 34.971 queixas ou 28% das reclamações. O número só é inferior ao setor de telecomunicações (telefonia fixa e móvel, internet e TV por assinatura), que concentraram 39.520 queixas, representando 31% do total.
De acordo com o Procon, os bancos figuram entre as 30 empresas mais reclamadas. O Itaú ocupa a segunda colocação da lista com 3.961 queixas, o Bradesco está em quarto com 3.041 reclamações, o Santander está em nono com 1.572, a Caixa Federal ocupa a décima segunda colocação, Banco do Brasil na décima quarta com 878 e o Citibank com 453. A liderança ficou com o Grupo Vivo, de telefonia, com 5.756 queixas.
Esses dados mostram como os bancos estão devendo à sociedade. Se eles querem melhorar o atendimento oferecido aos clientes têm de investir em mais contratações e na valorização de seus funcionários. Muitos problemas são causados em função de haver empregados sobrecarregados, executando tarefas que deveriam ser divididas por dois ou três trabalhadores, afirma a presidenta do Sindicato, Juvandia Moreira, acrescentando que na Campanha 2013, uma das principais reivindicações é a geração de novos postos de trabalho pelos bancos.
Apesar dos dados, as instituições financeiras, especialmente as privadas, fecharam milhares de postos de trabalho no primeiro semestre.
Entre os problemas apontados pelos consumidores em relação às instituições financeiras estão as cobranças de valores não reconhecidos em faturas de cartões de crédito e conta corrente, além de muitas reclamações sobre a cobrança de tarifas, especialmente as relacionadas a financiamento de veículos.
Fonte: Contraf-CUT/ Jair Rosa