A falta de propostas do governo Bolsonaro para evitar o desemprego em massa, um dos os impactos da crise causada pelo novo coronavírus, aumenta ainda mais a estatística de pessoas que perderam o emprego. Desde o início da pandemia, 1,94 milhão de trabalhadores deram entrada no seguro-desemprego.
O número representa um crescimento de 26% em comparação ao mesmo período no ano passado, quando foram feitos 1,54 milhão de pedidos. Os dados divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia apontam ainda que só em maio foram registrados 960,2 mil pedidos, 53% maior do que o verificado no mesmo mês em 2019.
Os estados com maior número de requerimentos de seguro-desemprego, em maio, foram São Paulo (281.360), Minas Gerais (103.329) e Rio de Janeiro (82.584). Segundo os dados, entre março e abril, foram fechados 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada em todo o país.
Uma estimativa divulgada pelo Banco Central mostra que a pandemia pode levar a economia global a maior recessão da história, com retração de 5,2% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial. No Brasil, a contração deve ser ainda pior e registrar 8%.