A conjuntura política e econômica do país fez com que 2022 fosse o segundo pior ano, dos últimos cinco, para as negociações de acordos salariais. De um total de 19.370 reajustes, 39,5% ficaram abaixo da inflação medida pelo INPC-IBGE.
Os dados do Dieese revelam ainda que 24,3% dos reajustes superaram a inflação e 36,2% equivalentes ao INPC acumulado nos 12 meses anteriores.
De acordo como levantamento, 2021 foi o pior ano, com 45,8% de reajustes inferiores à inflação e somente 15,2% acima.
O Dieese observa que a variação real média dos acordos é negativa: -0,78%. As categorias com ganhos reais tiveram, em média, 0,81% acima do INPC. Quando se trata dos setores, a indústria registou mais aumentos reais (32,6%), já os serviços tiveram mais perdas (50%). No comércio, a maioria (51,4%) teve reajuste equivalente à inflação.
O valor médio dos pisos nos acordos coletivos foi de R$ 1.547,98, ou 27,7% acima do salário mínimo de 2022 (R$ 1.212,00). O setor de serviços registrou o maior (R$ 1.575,20) e o menor, na área rural (R$ 1.467,75).