Com a escassez de emprego e custo de vida elevado, reflexo da agenda ultraliberal imposta do governo Bolsonaro, os brasileiros só andam “apertados”. O pouco dinheiro que entra é destinado para pagar as despesas básicas e colocar um pouco de comida na mesa. As outras contas ficam para depois.
Levantamento apresentado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) revela que cerca de quatro em cada 10 brasileiros adultos (39,4%) estavam negativados em agosto de 2022. Alta de 10,13% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Em números, 63,7 milhões de consumidores estavam com contas atrasadas. Cada negativado devia, em média, R$ 3.630,64 na soma de todas as dívidas para 1,94 empresas credoras. Do total, quase metade (49,24%) tinha débitos de R$ 1.000,00 e 34,41% de até R$ 500,00.
Não estranhamente, o setor bancário, conhecido por explorar os clientes, concentra a maior parte das dívidas dos brasileiros, com 60,5% do total. Depois surgem o comércio (13,1%), o segmento de água e luz (10,6%) e o de comunicação (8,7%).