Estudos mundiais mantêm a posição contrária da falsa dicotomia entre salvar a economia ou vidas na pandemia do coronavírus, que já infectou mais de 165 milhões de pessoas em todo o mundo e vitimou 3,4 milhões. Segundo o relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional), a recuperação econômica de cada país depende dos esforços para garantir a melhor distribuição de vacinas.
A retomada da economia tem acontecido de maneira desigual entre os países. De um lado estão as nações mais ricas, que têm conseguido promover políticas de apoio econômico e também de vacinação em massa, e, consequentemente, vão se recuperar mais rápido. No entanto, os países emergentes e mais pobres terão mais dificuldades por não terem investido no apoio e na imunização.
Baseado nestes dados, o FMI analisa que a economia brasileira apresentará crescimento muito abaixo da expectativa mundial. A projeção é de 3,7% neste ano e 2,6% em 2022, enquanto as expectativas para o mundo são de 6% para este ano e 4,4% para o próximo.O relatório ainda conclui que os países que lidam melhor com a questão da saúde e da vida têm recuperação econômica, o que não acontece com o Brasil, já que o governo Bolsonaro faz o movimento contrário. As previsões ainda pioram quando o FMI projeta um crescimento do desemprego de 13,2% para 14,5% neste ano.