Redes sindicais do Itaú e Santander definem novas mobilizações nas Américas
28/07/2011 - Por Bancários CGR
Os trabalhadores do Itaú e do Santander definiram novas jornadas de  mobilizações no segundo semestre deste ano nas Américas, durante a  plenária de encerramento nesta quarta-feira (27) da 8ª Reunião do Comitê  Sindical Internacional do Grupo Santander e da 6ª Reunião do Comitê  Sindical Internacional do Grupo Itaú (ambos fóruns da UNI Américas  Finanças). 
 
 O evento foi realizado no auditorio da Contraf-CUT, no centro de São  Paulo, e contou com a participação de 80 dirigentes sindicais do Brasil,  Argentina, Chile, Venezuela, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Trinidad  & Tobago, Bahamas e Estados Unidos.
 
 "Precisamos fazer um esforço para concretizar as propostas aprovadas,  como as mobilizações, a distribuição de jornais e a troca de  informações, a fim de fortalecer a nossa organização e romper barreiras,  como apontou o 3º Congresso Mundial da UNI no Japão", afirmou o  presidente da Contraf-CUT e da UNI Américas Finanças, Carlos Cordeiro. 
 
 "Muitos problemas são comuns, como a pressão no trabalho e as metas  abusivas. Há, no entanto, questões diferenciadas, como as demissões no  Brasil, e a falta de participação dos trabalhadores nos lucros em outros  países", comparou o dirigente sindical, que é funcionario do Itaú.
 
 "Estamos avançando, mas nós ainda temos dificuldades em pensar  estratégias em nível continental. Por isso, é fundamental que as  atividades definidas sejam encaminhadas em todos os países, como forma  de sermos respeitados e podermos negociar um acordo marco nas Américas  com o Santander, a exemplo da carta de principios já firmada pelo banco  com os trabalhadores europeus", destacou a funcionária do Santander e  diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa.
 
 O novo chefe mundial da UNI Finanças, Márcio Monzane, frisou que as  redes sindicais dos bancos internacionais nas Américas têm sido exemplos  de organização para os trabalhadores de todo mundo. "É preciso  continuar avançando, a fim de ampliar as conquistas econômicas e sociais  e firmar novos acordos globais, a exemplo do acordo marco assinado com o  Banco do Brasil e válido para as Américas", salientou.
 
 Haverá elaboração de jornais conjuntos, em línguas portuguesa e  espanhola, para distribuição aos trabalhadores e clientes, mostrando a  atuação dos dois bancos internacionais no continente.
 
 Também será realizada uma semana continental de lutas, entre os días 21 e  25 de novembro, com manifestações em todos os países onde as duas  instituições atuam.
 
 Santander
 
 Os dirigentes sindicais do Santander decidiram também realizar uma  campanha permanente nas Américas, denunciando o desrespeito com os  trabalhadores, através de demissões, metas abusivas, assédio moral e  práticas antissindicais, dentre outros procedimentos do banco. 
 
 Foi definido intensificar a campanha de mídia unificada em cada país,  com o mote "Santander, respeite o Brasil e os brasileiros", "Santander,  respeite o Chile e os chilenos" e assim por diante. Também serão  utilizadas as redes sociais da internet, como Facebook e Twitter.
 
 No caso do Uruguai, onde o banco tem agido com mais respeito, segundo  avaliação da Associação dos Empregados Bancários do Uruguai (AEBU), os  trabalhadores farão uma campanha de solidariedade com o mote "Santander,  respeite a América Latina e os latino-americanos". 
 
 Ainda será concluido o levantamento de informações sobre os acordos e  convenções coletivas firmadas em todos os países, a fim de subsidiar as  próximas negociações, visando estender as condições mais vantajosas para  todos os trabalhadores do banco nas Américas, responsável por 44% do  lucro mundial do Santander no primeiro semestre.
 
 Itaú
 
 Os trabalhadores decidiram contrapor a realiddade dos bancários no  continente ao prêmio internacional de banco mais sustentável obtido pelo  Itaú do jornal britânico Financial Times e do IFC (International  Finance Corporation). Para os bancários, sustentabilidade deve começar  em casa, com boas condições de trabalho para os funcionários e qualidade  de atendimento aos clientes.
 
 Também foram lembrados problemas comuns nos países latino-americanos  onde o Itaú atua: Brasil, Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai. "Más  condições de trabalho, índice alto de bancários lesionados ou com  depressão, assédio moral e metas abusivas são problemas comuns", explica  o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, André Rodrigues.
Fonte: Contraf-CUT
