Saldo da poupança neste ano já é recorde
06/11/2013 - Por Bancários CGR
Depósitos superaram saques em mais de R$ 53 bilhões entre janeiro e outubro, maior resultado desde que as medições começaram a ser feitas, em 1995
Os brasileiros nunca pouparam tanto. De janeiro a outubro deste ano, os depósitos em poupança foram maiores que os saques em R$ 53,459 bilhões. A captação líquida é recorde da série histórica do Banco Central (BC), iniciada em 1995, e supera o resultado de todo o ano passado (R$ 49,719 bilhões).
De janeiro a outubro de 2012, a captação líquida ficou em R$ 33,186 bilhões. De acordo com o Banco Central, somente em outubro ficou em R$ 4,512 bilhões, com crescimento de 39,21% em relação aos R$ 3,241 bilhões em igual mês do ano passado.
O saldo líquido em outubro foi 32,6% menor, porém, na comparação com a captação registrada no mês anterior o resultado só não foi menor porque os poupadores concentraram seus depósitos no último dia do mês, com captação de R$ 2,519 bilhões, equivalente a 55% de todo o saldo de outubro.
Em outubro, foram depositados R$ 125,827 bilhões e feitas retiradas que somaram R$ 121,315 bilhões. Foram creditados R$ 2,855 bilhões de rendimentos, e o saldo dos depósitos em poupança somou R$ 574,253 bilhões. Do total, R$ 448,395 bilhões (78,08%) são do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), R$ 125,855 bilhões (21,91%) da poupança rural e resta resíduo de R$ 2,4 milhões de antiga poupança vinculada.
A poupança tem rendimento de 0,5% ao mês (6,17% ao ano) mais Taxa Referencial (TR). Esse é o rendimento definido pelo governo sempre que a taxa básica de juros (Selic) estiver acima de 8,5% ao ano. Atualmente, a taxa está em 9,5% e deve chegar ao fim de 2013 em 10%, conforme previsão de analistas do mercado financeiro no boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira 4.
Essa forma de cálculo do rendimento da poupança foi definida pelo governo no ano passado. Por essa regra, sempre que a taxa básica for igual ou inferior a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da Selic mais TR.
Stênio Ribeiro e Kelly Oliveira, da Agência Brasil - 6/11/2013