Santander não ouve bancários e aplica reajuste de 8,77% do plano médico
04/11/2011 - Por Bancários CGR
O Santander surpreendeu os funcionários com o anúncio de um reajuste de 8,77% nos planos de saúde. O comunicado foi feito há alguns dias, sem qualquer discussão prévia com os bancários, embora a instituição tenha um canal de debates com os trabalhadores, específico para questões de saúde.
"Temos o Fórum de Saúde, cujo funcionamento está previsto no acordo aditivo com o banco. Mas o Santander não utilizou esse espaço para discutir o assunto, como poderia ter feito", critica o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do Santander, Marcelo Gonçalves.
"Queremos que o Fórum seja respeitado e que o banco pare de nos surpreender com simples comunicados. Somos co-participantes do plano, já que pagamos parte dele, portanto, queremos que nosso direito como parte contratante seja respeitado. Queremos ter acesso ao contrato e poder discutir situações como essa, sem sermos pegos de surpresa com reajustes", acrescenta.
Marcelo critica ainda o fato de a assistência médica dos funcionários ser feita pelo plano Saúde Bradesco. "O banco espanhol acaba fazendo propaganda do concorrente entre seus funcionários, que são também correntistas do Santander. Para nós isso é, no mínimo, contraditório", diz.
O dirigente ressalta ainda que a instituição deveria discutir com seus trabalhadores a opção por um plano próprio, no qual os funcionários participassem da gestão. "Um plano próprio, com a participação dos funcionários, evitaria más surpresas como essa."
Mudança de planos
Marcelo destaca que o Fórum de Saúde, quando respeitado, rende frutos. É o caso da reivindicação, recentemente atendida, para que os funcionários possam mudar de plano quando lhes convém. "Havia uma demanda por parte dos bancários. Depois que reivindicamos isso no Fórum de Saúde, a empresa anunciou que disponibilizará a mudança em períodos determinados, agora no final do ano."
Segundo comunicado do Santander, a mudança de planos poderá ser feita entre 1º a 14 de novembro, passando a vigorar a partir de 1º de dezembro; ou entre 16 de novembro a 14 de dezembro, vigorando a partir de 1º de janeiro.
Fonte: Andréa Ponte Souza - Seeb São Paulo