Seis bancos são multados em R$ 1,1 milhão por não cumprir leis de segurança
30/03/2011 - Por Bancários CGR
 A Polícia Federal multou nesta quarta-feira, dia 30, a Caixa Econômica  Federal, o HSBC, o Santander, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Banco do  Brasil em R$ 1,173 milhão por descumprimento de leis e normas de  segurança. As punições foram aprovadas no julgamento de 104 processos,  durante a 89ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança  Privada (CCASP), em Brasília.
A Polícia Federal multou nesta quarta-feira, dia 30, a Caixa Econômica  Federal, o HSBC, o Santander, o Itaú Unibanco, o Bradesco e o Banco do  Brasil em R$ 1,173 milhão por descumprimento de leis e normas de  segurança. As punições foram aprovadas no julgamento de 104 processos,  durante a 89ª reunião da Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança  Privada (CCASP), em Brasília. 
 
 As principais infrações dos bancos foram a ausência de plano de  segurança aprovado pela Polícia Federal, número insuficiente de  vigilantes, transporte ilegal de valores feito por bancários e alarme  inoperante, dentre outros itens. Uma agência do Itaú foi interditada.
 
 Veja a relação das multas por banco:
 
 1. Caixa Econômica Federal: R$ 771.501,00
 2. HSBC: R$ 136.564,00
 3. Santander: R$ 100.700,00
 4. Itaú Unibanco: R$ 79.500,00
 5. Bradesco: 49.468,00
 6. Banco do Brasil: R$ 35.334,00
 
 Total: R$ 1.173.967,00
 
 Na primeira reunião da CCASP em 2011, também estiveram em pauta 272  processos envolvendo empresas de vigilância, transportes de valores e  centros de formação de vigilantes, com a aplicação de advertências,  multas e cancelamento do alvará de funcionamento. 
 
 A reunião foi acompanhada pelo Coletivo Nacional de Segurança Bancária,  formado por dirigentes de sindicatos e federações, que se reuniu no dia  anterior para analisar os processos e preparar a participação da  Contraf-CUT, que representa os bancários na CCASP. Também integram a  CCASP representantes dos vigilantes, como o presidente da Confederação  Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), José Boaventura Santos.
 
 Bancos não priorizam segurança e proteção da vida
 
 "Mais uma vez, ficou evidente que os bancos não priorizam a segurança  nos estabelecimentos, na medida em que não zelam para cumprir a lei  federal n° 7.102/83, pois deixam de renovar os planos de segurança,  trabalham com carência de vigilantes e equipamentos, aumentando os  riscos de bancários e clientes", avalia o secretário de imprensa da  Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária,  Ademir Wiederkehr.
 
 "A Caixa foi a campeã de multas, pois está praticando uma série de  irregularidades, que vão desde a falta de planos de segurança aprovados  pela Polícia Federal até impedimentos no acesso de policiais para a  fiscalização das agências. Isso é inadmissível para um banco público,  que devia ter a obrigação de ser exemplo para todo o sistema  financeiro", adverte o diretor do Sindicato dos Bancários de Belo  Horizonte e representante da Fetraf-MG, Leonardo Fonseca.
 
 "É preocupante a vice-liderança do HSBC no ranking de multas da 89ª  reunião da CCASP. Recentemente, o banco inglês foi condenado pela  Justiça a pagar até R$ 5 milhões em Minas Gerais pelo descumprimento da  legislação de segurança. É imperioso que a instituição, que busca a  certificação da SA8000, reveja urgentemente a sua política de segurança e  debata com o movimento sindical seu aprimoramento. A vida dos  bancários, vigilantes e clientes tem que estar em primeiro lugar",  ressalta o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e da  Fetrafi-RS, Lúcio Paz.
 
 "Cobramos responsabilidade social dos bancos, pois a vida dos bancários,  vigilantes e clientes está em jogo quando são desrespeitados os planos  de segurança. O Itaú, mesmo com o lucro recorde de R$ 13 bilhões em  2010, novamente foi multado por não cumprir a lei que visa trazer  segurança", destaca o diretor da Fetec-SP, Valdir Oliveira.
 
 "Novamente, os bancos foram multados por usarem bancários para fazer o  transporte de valores. Esse abuso não pode continuar e, para tanto,  precisamos seguir denunciando os bancos, que apelam para essa conduta  ilegal, para a Polícia Federal, uma vez que essa não é tarefa dos  bancários e existem empresas de carros-fortes que atendem o Brasil  inteiro", frisa o diretor da Fetec-PR, Carlos Copi.
 
 "É lamentável que os bancos continuem priorizando o dinheiro em  detrimento da vida de bancários, vigilantes, clientes e usuários, pois  eles preferem arcar com multas do que investir pesado em segurança para  proteger a vida das pessoas", conclui o diretor do Sindicato dos  Bancários de Campinas e representante da Feeb SP-MS, Danilo Anderson.
Fonte: Contraf-CUT

