Sem avanços para melhorar dia a dia da categoria
21/09/2011 - Por Bancários CGR
Fenaban não trata do fim das metas e remete debates de saúde, segurança e terceirização para mesas temáticas
Uma das principais reivindicações dos bancários não foi sequer mencionada na proposta apresentada pelos banqueiros: o fim das metas abusivas, indicado por 70% trabalhadores como fundamental para melhorar as condições de trabalho.
Isso demonstra descaso dos bancos pelo processo da Campanha Nacional Unificada, que começou com as consultas aos trabalhadores debatidas em todo o Brasil e que se transformaram nas reivindicações da pauta entregue aos banqueiros. Ou seja, algo que é crucial para melhorar a rotina nos ambientes de trabalho, não tem proposta. Isso é péssimo.
Os bancos somente aceitaram a não divulgação de rankings individuais. É um começo, mas não resolve o problema da pressão e do sofrimento dos bancários no dia a dia.
Outros assuntos relacionados às condições de trabalho foram remetidos às mesas temáticas.
Saúde A mesa seria retomada com discussão da possibilidade de avaliação do exame médico periódico e a divulgação da Sipat (semana de prevenção a acidentes de trabalho).
Segurança Os bancos somente aceitaram incluir na Convenção Coletiva de Trabalho cláusulas sobre o transporte de numerário por bancários (o Comando quer proibir essa prática) e o monitoramento eletrônico das agências. As demais propostas de segurança não estão contempladas. ?Terceirização De acordo com o proposto pelos bancos, a mesa que debate o problema da terceirização daria continuidade à discussão da questão dos call-centers.
Igualdade Os representantes dos bancários insistiram com a federação dos bancos que realize ainda este ano o censo da categoria. A Fenaban, no entanto, reforçou que quer fazer somente a cada cinco anos. Eles consideram prematuro fazer o censo porque sabem que o quadro de desigualdade não mudou nada ou quase nada. A Fenaban sabe que iríamos constatar que, nas admissões, as diferenças entre homens e mulheres continuam e o quadro não está mudando.
Fonte: Seeb-SP