Serviço bancário lidera os gastos das famílias no país
23/03/2011 - Por Bancários CGR
 Os produtos financeiros ocuparam o topo da lista de consumo dos  brasileiros em 2010, revelou a pesquisa anual "O Observador",  encomendada pela Cetelem BGN ao instituto Ipsos Public Affairs. Que o  gasto mensal com financiamento imobiliário fique na primeira posição é  até razoável, já que a casa própria costuma ser também um dos bens de  consumo mais caros.
Os produtos financeiros ocuparam o topo da lista de consumo dos  brasileiros em 2010, revelou a pesquisa anual "O Observador",  encomendada pela Cetelem BGN ao instituto Ipsos Public Affairs. Que o  gasto mensal com financiamento imobiliário fique na primeira posição é  até razoável, já que a casa própria costuma ser também um dos bens de  consumo mais caros. 
 Chama atenção, porém, que logo depois do item "prestação da moradia",  que respondeu por uma despesa média mensal de R$ 367, aparece "pagamento  de crédito bancário", com R$ 330.
 O comprometimento da renda com pagamento de crédito bancário chega a  superar os gastos com educação, inclusive nas classes A e B, com renda  familiar mensal superior a R$ 2,98 mil - R$ 385 ante R$ 384. Nas classes  C (renda familiar mensal de R$ 1,34 mil) e D e E (renda familiar mensal  de R$ 809), o pagamento de crédito bancário pesa no orçamento ainda  mais do que a prestação do imóvel.
 A lista completa de produtos utilizada para a pesquisa contém 16 itens  que vão de financiamento imobiliário a cigarro. Porém, enquanto os  gastos com itens considerados "tradicionais", como telefone, vestuário,  lazer, entre outros, tenham apresentado aumento de gastos pouco  expressivo - e, em alguns casos, até mostrem queda, como o item  empregada doméstica -, foram os gastos com produtos e serviços  financeiros que se destacaram.
 Uma das surpresas positivas, nesse sentido, foi o produto seguro. A  categoria respondeu por uma despesa média mensal relevante, de R$ 231, e  aparece, ao lado da previdência privada - que apresentou gasto mensal  médio de R$ 122 -, como o segmento de maior crescimento entre 2009 e  2010, com 86% de alta dos gastos. As despesas com seguro e previdência  privada foram puxadas basicamente pelas classes A e B. Nas classes De E,  por exemplo, o gasto com seguro é nulo.
 A pesquisa "O Observador" foi feita com 1,5 mil entrevistados entre os  dias 24 e 31 de dezembro do ano passado. Mas como os gastos foram  calculados apenas entre as pessoas que adquiriram algum produto ou  serviço das categorias pesquisadas, a base de consulta difere de item  para item. Era 81 consumidores de seguros, 29 de previdência privada, 64  de financiamento imobiliário e 190 de crédito bancário.
 O gasto total das famílias em novembro do ano passado foi de R$ 1,231  mil, em média, R$ 165 a mais do que na pesquisa de 2009. Se depender do  otimismo do consumidor, esse valor tende a aumentar em 2011. A intenção  de compra aumentou em todos os itens analisados.
Fonte: Contraf/CUT com Valor Econômico

